Ele a observava mudo
Queria saber até onde ela aguentaria séria.
Ela, por sua vez, pensava em coisas tristes
Para tentar fugir do impulso de cair na risada aberta,
Pois seus olhos já gargalhavam.
Ficaram assim por algum tempo
Até que ouviram passos se aproximando da sala.
Posicionaram-se rapidamente.
A porta abriu e o soturno homem entrou
Sentando-se na poltrona.
Começou a ler o jornal com enfado.
Em seguida,
A obesa senhora invadiu a peça
Reclamando do dia, das dores, do homem.
Discutiram e foram-se,
Cada qual para o seu lado.
As sérias fotografias na parede
Sentiram-se aliviadas com a partida.
Esse tempo nunca as pertenceria afinal
Espertamente,
Tinham se deixado ficar
Nos anos mais felizes da antiga vida.
Olharam-se e retornaram, de imediato,
A velha e agradável brincadeira
Dos sorrisos proibidos.
11 comentários:
Pois é Gisa, a vida, ao contrário das fotografias, segue sua sina. As fotos são memórias congeladas de um tempo em que sorrir não era apenas brincadeira.
Beijo,
I.
Joli poème.
Tu es très douée, Gisa.
A vida levada a brincar e com cumplicidade é sempre mais fácil. Lindo!
Beijinhos
È lindo é
diz a Fê
Mas isto hoje
não correu nada bem
e é pena
É que não me identifico com niguém
que entra na cena
Nem o de ar debochado
Nem o na parede pendurado
Nem o que entra a ler o jornal
Gostar de ser
só memo memo esse
que entra no final
Lindo-lindo! Muito original essa poesia, parabéns!!!
Composições sempre inspiradoras.
Um beijo da Nita. Hoje de bom amanhecer!
Genial, Gisa! Simplesmente genial. Beijos!
As fotos sáo eternas recordaçóes beijo Lisette.
Gisa, los momentos congelados cuando se enmarcan, se convierten en vigilantes de su futuro, nuestro presente.
Un fuerte abrazo, Gisa.
Amiga Gisa, tu és muito criativa, guria! Algo neste poema lembra Mario Quintana.
Um grande abraço. Tenhas uma linda tarde.
As fotos permanecem, a vida continua.
Beijos amiga, bom fim de semana,
oa.s
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