domingo, 5 de dezembro de 2010

GULA

Como o descrever?
Como descrever o momento que ocorreu?
O sonho rompeu as barreiras do aceitável e, debochadamente, adentrou na  vida real.
A presença dele ali, franca, a sua frente, deixou-a enternecida e feliz.
Todos os sentimentos que vinha armazenando na mais escondida alcova da sua alma
Atreveram-se a ganhar a luz, 
Cegos com a claridade da cena
Dançaram em cima da mesa colorindo e acariciando-lhes a conversa.
A energia dos olhares queimou-lhes as pupilas,
A beleza daquele sorriso
A fuga do rosto que, por diversas vezes, buscou refúgio nos próprios braços
Fizeram com que ela calasse a alma e apaziguasse a ansiedade.
Queria sorvê-lo, queria engoli-lo, queria e precisava que ele habitasse o seu âmago.
Mas não havia motivos para tanta preocupação,
O processo já havia iniciado e
Tudo seria feito devagar, muito devagar.

7 comentários:

Marinha disse...

Saborear aos poucos prolonga o prazer, não é?
Um domingo delicioso, querida Gisa.
Bjo

AC disse...

Gisa,
Há coisas das quais é bom ter gula. Quanto ao "devagar", isso é sabedoria, minha amiga!

Beijo :)

Al Reiffer disse...

Um momento descrito com tão bela poesia sempre nos toca. Abraços!

Vanessa Souza disse...

Gula é diferente de fome...

ERICO BRATFISH disse...

Oiê!

É verdade, começamos saboreando com os olhos!
Beijos :)

Jose Manuel Iglesias Riveiro disse...

Precioso poema, con mucho sentimiento.
La felicidad la dicha hay que saborearla poco apoco a pequeños sorbos, para poder apreciarla en toda su dimensión y disfrutarla plenamente.

Gisa disse...

E como Marinha! Um beijo e uma ótima semana para ti!

E que sabedoria difícil AC! rsrsrs
Um bj querido amigo!

Obrigada Reiffer sempre é muito bom ter você ao meu lado por aqui.
Um bj.

Gula é mais prazerosa Vanessa!
Um bj.

É realmente uma arte que gosto de praticar Erico.
Um bj querido amigo.

Bem devagar Iglesias, bem devagar! Um bj querido amigo.