Cheia de poder
Caminhou, sinuosa como uma serpente,
Pela reta e desinteressante estrada.
De olhos fechados
Ia movendo-se com atenção
Buscando o sensível aroma
Que, com certeza,
Indicaria seu destino correto.
Mas qual seria esse?
Algo lhe dizia que
Quando o encontrasse iria,
De pronto, saber.
Assim, despreocupada,
Entregou-se ao deleite
Dos tantos perfumes existentes
Pelo caminho.
Afinal, não poderia deixar de aproveitar,
As tantas sensações de momento
Que se ofereciam,
Sem pudor,
Ao seu apurado olfato.