Serviu-se de whisky.
Apreciou o caminho que a bebida percorria
Entre a garrafa e o copo.
Viu as curvas bruscas que tomava
Enquanto escorregava pelo gelo
Obrigando-o a flutuar.
Sentiu o perfume,
Conferiu a cor contra a luz da janela,
Âmbar.
Sentou-se para degustar ouvindo suaves acordes
Não entendia porque ela ainda não havia chegado.
Esperou por toda noite tendo por companhia apenas o torpor da bebida.
Rendeu-se aos primeiros raios do sol.
"Ela não veio..." - pensou antes de adormecer.
No outro canto do quarto a cortina voou
Ela fugiu triste.
Como ele não tinha percebido sua dança,
Derramando-se sinuosa diante dos seus olhos,
Contornando os obstáculos com graça e leveza.
Como ele não tinha se dado conta de quanto ela o fizera flutuar,
Do seu perfume inconfundível,
De sua cor dourada, do seu prazer inebriante...
Como foi tola,
Jamais poderia ter esperado dele algo que lhe estava fora do alcance.
Errou a abordagem.
Deveria ter entendido, desde o princípio,
Que ele nunca chegaria
A tamanha percepção.
.
8 comentários:
Muy bonito, Gisa.
Saludos.
Color ámbar.
El color de la luz tenue de bombillas antiguas que alumbran casas con olores a colonia barata.
¿Por qué dejar el perfume por la colonia? ¿Por qué dejar el amor por la mecánica inane?
Un fuerte abrazo, Gisa.
Un gran poema Gissa, me ha encantado. Besiños.
Gisa
Nem sempre se vê a verdade,outras vezes smos nós que não a queremos ver.
Beijinho e uma flor
Um encanto....
Bjos
huummm deliciosamente suave..amei..bj ..boa noite.
talvez por que o que
ele sentia não era tão forte
quanto seu sentimento, não foi tola
apenas sensível
a tal sentimento
o amor.
linda semana bjs
Culpa do uísque. Se tomasse champanhe, teria visto. :) Beijos!
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