Sozinho esperava o sol nascer.
Sentava na nuvem mais baixa e fitava o horizonte
Tentando adivinhar o exato momento
Que as fitas douradas
Iriam rasgar o manto róseo do amanhecer.
Concentrado na sua tarefa,
Começou a escutar passos
Muito próximos.
Atrapalhou-se na tentativa de descobrir da onde vinham.
Percebeu que eram fortes demais para serem de fora.
Fechou os olhos e virou-se para o interior do seu próprio crânio.
Era ela de novo!
Flagrada, ocultou-se, sem êxito, atrás da esticada retina.
Desgostoso, respirou profundamente,
E a varreu com violência para o pequeno alojamento
No lado escuro do seu ego.
Sem conseguir esconder a irritação que a cena lhe causara,
Queria ele compreender uma única coisa:
Como ela ainda não se conformara
Em aproveitar tudo de bom que ele lhe oferecia?
E mais!
Por que insistia em perturbar um momento tão belo
Com a tola mania de fugir?
9 comentários:
É sempre assim, difícil de esquecer o que ainda não se conquistou por inteiro.
Um beijo
Gisa
Muitas vezes não se dá valor ao que se tem, depois mais tarde, tarde será.
beijinho e uma flor
La valoración de lo que se posee, a veces, se realiza con poca fortuna.
¿Por hacerla uno mismo? Quizás.
En general, la apreciación personal es, simplemente, confusa.
Como siempre, debe leerse el poema en original. Se saborea y se capta mejor el ritmo y tono.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
que poema belo, parabéns Gisa.
Muchas veces lo que tenemos, lo que hemos conseguido, nos dan una seguridad que no nos deja ver lo que aun no tenemos, lo que podemos aun conseguir y hace que nos conformemos y nos acomodemos.
Besos.
Nem sempre assimilamos de imediato aquilo que pode nos fazer bem...
Bjs,
Fugiu?
Quem diria?
Voltará, um dia...
(estou certo)
fugir realmente é uma maneira
tola, devemos enfrentar
lindo final de semana bjs
O fugitivo adora isso, roubar nossos momentos mais preciosos!
Beijos Gisa
Leila
Postar um comentário