Cravou as unhas no cedro e bebeu a enigmática seiva da força.
Mergulhou no riacho e deixou lá todo lodo da alma.
Entrou na fogueira e recuperou as todas cores perdidas.
Estava pronta, plena e ansiosa.
Subiu na colina e bem no topo deixou que o tufão lhe pegasse no colo.
Aconchegou-se em seu meio espiralado e ultrapassou o oceano esperando.
Chegou na terra firme e o viu sentado em um rochedo no alto da escarpa banhada pelo mar.
Escalou como pode a íngreme subida e surgiu inesperadamente na sua frente.
Com um grito de desespero entendeu que havia demorado muito.
Abraçou-se na figura de pedra e jogou-se nas brancas ondas
Que, comovidas, entoavam o prelúdio do se final.
12 comentários:
Ufa! Li o poema com a sofreguidão de quem assiste o personagem atuando!
Um abração. Tenhas um lindo fim de semana.
Aprecio en tu poema ecos del mito de Orfeo. Un abrazo, Gisa.
Este texto é uma dança espanhola, movida com ritmo das castanholas.
Olé!
Um beijo grande
Porque, por vezes, esperamos demais...
:-(
Obrigada pelas palavras elogiosas no EQ. Curiosamente, desde que comecei a preparar o lançamento do meu livro, tenho escrito menos...
Um beijo.
Acertada alegoría de la naturaleza y su relación con todo el entorno vivo que existe en ella.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
Lindo e envolvente como as ondas.Beijos.
Uuau profundamente filosófica, gostei, mais uma vez como sou um tio q adimira sua poesia profunda então li, reli e trili(uauua será q existe?)bem agora passou a existir, pra vc bela conterrânea poetiza bjos, bjos e bjossssss
Olá, boa noite!
Estou noutro computador,
porque no meu há uma aplicação Texas
que não deixa comentar.
Felizmente daqui posso saudá-la!
Bjsss
Maravilhoso.
Uma tarde fascinante.
Beijos Gisa!
Poxa... :/ lindo.
Boa semana. Bjs
Espero que ese final sea el que deseas y el adecuado.
Besos.
Belíssima obra, Gisa!
Muito bem escrita, criativa.
Grande abraço e sucesso!
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