Nunca tive a pretensão de buscar a felicidade.
Ela, intrometida, veio e bateu na minha porta.
Entrou e acomodou-se no sofá da sala de estar.
Já fiz de tudo para que se decepcionasse comigo
E fosse embora ofendida.
Gritei, praguejei, fui mal educada.
Varri seus pés, desliguei a televisão, apaguei a luz.
Nada.
Segue lá, impassível, insistente.
Quando irá entender que não a quero?
Quando irá entender que sou poeta?
10 comentários:
Os poetas também devem ser felizes!
Não a maltrates, aceita-a porque ela é muito preciosa.
Para mim instalou-se a infelicidade e não desiste de me atormentar.
Beijinho e uma flor
Boa tarde, Gisa. A felicidade é um sentimento que deve fazer parte da vida de todos, até do poeta, que na maioria das vezes enclausura-se nas suas emoções tão intimamente, que esquece de que pode e deve ser muito feliz!
Lindo, Gisa, amei!
Um beijo na alma, e fique na paz!
"Quando irá entender que sou poeta?".
Lembrei-me de um trecho de uma música que a Maria Bethânia canta: "Assim como o poeta só é grande se sofrer..."
Beijos, querida.
Precioso Gisa!!!
Gisa,
De inconveniência em inconveniência se procura a conveniência.
beijo :)
Fosse essa felicidade
a que os poetas insistem em cantar
e não a irias desprezar
Por muito que o sofrimento te inspire é mentira
que o prefiras...
Cabe citar Pessoa:
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
a-d-o-r-ei! hehe é certo que muitas poesias lindas surgem das mais profundas dores e inquietações, porém, um tiquinho de alegria também faz belíssimas poesias. (:
Conta para ela que os poetas precisam da dor de vez em quando...
Beijos Gisa
Leila
Não diga isso nem de brincadeira, Gisa. Juízo, menina! :) Beijos!
Es frecuente que algún poeta quiera el amor pragmático, casi grosero.
No ve más allá de él y no establece distinción entre amor sentido y lujuria solicitada.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
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