domingo, 22 de abril de 2012

INVISÍVEL

Não sei por que esse olhar distante.
Olha. Olha para mim aqui. Aqui ao teu lado.
Não me vês, por acaso?
Sempre estive aqui.
Lembra das minhas mãos te acariciando?
Do meu regaço onde tantas vezes deitastes tua cabeça?
Por que agora ages assim , como se eu não existisse?

17 comentários:

Mª LUISA ARNAIZ disse...

La pregunta del yo poético puede tener múltiples respuestas y quizás la verdadera ni siquiera la intuyamos. Besos.

João A. Quadrado disse...

[todos nós, como os ventos

somos filhos das possibilidades,
múltiplos ventos, quase tocáveis...]

um imenso abraço, Gisa

Leonardo B.

Anônimo disse...

Espero que seja apenas poesia... momentos como esse arrebentam o coração e ferem de morte a alma.
Que teu sorriso seja sempre verdadeiro e revele a paz e a alegria que há em vc, Gisa.
Beijokas e meu carinho.

Eva Gonçalves disse...

Passamos tão rapidamente de visibilidade destacada à invisibilidade total... mas convenhamos, a indiferença premeditada, não é cegueira! :) Beijinho

Flor de Jasmim disse...

Gisa
Que estas tuas palavras não sejam a razão de um verdadeiro sentimento!
Porque eu sei como estes acontecimentos estão presentemente maltratando meu coração destruçando minha vida dia após dia, ser mãe e avó também dói, tanto.

Beijinho e uma flor

Rogério G.V. Pereira disse...

Tens razão
Desculpa
Desculpa
Desculpa,
embora não seja minha a culpa
É este miúdo aqui ao lado,
pedindo pão
É esta sofrida canção
É aquele vizinho,
que o perdeu o emprego
e mo diz em segredo
É esta, outra mulher,
que está chorando
porque é reduzida a renda
que lhe vão pagando
É aquela flor que perdeu a cor
É a ave que se perdeu da árvore
É o sol que se esconde sabe lá Deus onde
É a Primavera que se enganou
na data de regressar
e demora a chegar
É a lama, cheia de gente
que nela
entrou
de repente
É o senhor de pasta e gravata
que arrota
e quer mais
Não sei para me onde virar

Tens razão
Desculpa
Desculpa
Desculpa,
embora não seja minha
a culpa

Eva Gonçalves disse...

Ó Gisa, voltei só para dizer o quanto adorei o comentário do Rogério! beijos para os dois.

Palavras disse...

E eu estou aqui tão visivelmente a sua espera...

Lindo Gisa! Bjs

Alfredo Rangel disse...

A invisibilidade é insuportável.
Ainda bem que te vejo, Gisa. Mais linda do que nunca...

ANTONIO CAMPILLO disse...

Estar y pasar desapercibido es un gesto despectivo que no se debe consentir.
No existe ninguna razón por la que pasar inadvertido, cuando se espera y se ama, sea motivo de recato o intranquilidad para el otro.

Un fuerte abrazo, querida Gisa.

Escritora de Artes disse...

Em algum lugar sempre tem olhos prontos a nos enxergar........pode ter certeza!

Bjos querida amiga

Dilmar Gomes disse...

Amiga Gisa, teu poema funcionou como um mote em minha mente, e de maneira quase inconsciente, fui escrevendo:
"Olha pra mim inspiração,
não vês que te espero?
Há muito tempo estou aqui
preciso das tuas pinceladas
sobre nos meus poemas,
Dona inspiração!
Um abração. Tenhas uma linda semana.

Hugo Nofx disse...

Também sofro do mal da invisibilidade...
beijo.

wcastanheira disse...

_Pq a gora ages assim? Uuau q final poéticamente lindo, um mimo e uma realidade tantas vezes vivida tanto por homens como mulheres, adorei, viajei em cada linha, pra vc bjos, bjos e bjosssssssss

Carla Ceres disse...

Às vezes, só a ausência nos torna visíveis novamente. Beijos!

Branca disse...

Tão lindo o teu poema Gisa!Tantas vezes o amor é invisível, mas sempre deixa marcas, mesmo naqueles que parecem não vê-lo.
O Rogério deu uma outra interpretação belíssima no seu comentário, bem condizente com os tempos que atravessamos.

Beijos
Branca

ricardo alves / são paulo,brasil disse...

"a beleza do movimento imperceptível aos olhos?" que bela frase gisa!!!
obrigado pelo carinho e aqui estou também/gostei!