Viviam lado a lado.
Ela sempre comportada, regrada.
Ele, sem maiores preocupações.
Cumprimentavam-se todas as manhãs
E seguiam o seu rumo.
Passavam o dia sem se ver,
Cada qual no seu cotidiano.
Chegavam pontualmente na mesma hora.
Davam-se "boas noites" e se recolhiam
Aos respectivos apartamentos.
Ela deitava-se e olhava o teto em silêncio.
Ele ligava a música e pegava uma bebida.
Ela tentava dormir para não escutar.
Ele ouvia a melodia para sonhar.
Ela chorava de mansinho o perdido
Ele viajava no por conseguir.
Dormiram.
No sono profundo, levantaram-se.
Abriram a janela dos quartos
No mesmo instante.
Olharam-se para ganhar coragem,
Ou para não perder o hábito do cumprimento.
Ela pulou para poder voltar acreditar
Ele pulou para poder parar.
13 comentários:
Belo, doce e cheio de sensações...
Agradeço sua constante presença em minhas páginas. Seu carinho é tocante, amiga! Grande abraço e bom FERIADO!!!
Vivir sin notarse, cada uno a lo suyo. Su independencia produce sensaciones que bajo el manto de la noche se transforman en sombras. Ruidos y música que no se oye con facilidad pero se necesita fortaleza para entenderla.
Certero y agradable poema.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
Oh lala! Une nuit bien mouvementée. Mais des sentiments.
Bon week-end, Gisa!
Lindo, tocou o fundo da alma....
Bjos
Quase um roteiro.
Perfeito, como sempre, amiga.
Bj e muito bolinho de chuva no teu final de semana. :)
Gisa
Chamo a estes sunâmbulos viverem uma independência. Muita emoção nestas tuas palavras.
Bom fim semana
Beijinho e uma flor
Quando os caminhos passam a ser opostos, a única solução é pular mesmo. Gr. Bj. Gisa!
É tão manso
denso
e certo
que passo, devagar
para os não acordar
ou por eu próprio não estar desperto...
Gisa, amiga, deusa da poesia, da leitura, da vida e do amor: Certamente não diz nada a seu respeito, um poema que fiz há algum tempo e ontem publicado no jornal. Ofereço, em virtude da sugestão do seu, acima:
SONÂMBULO, POEMA
Francisco Miguel de Moura
Sentado, embora sobre os pés,
A queda longe-e-perto
De mim, o vento leve
Rondando-me a mente em parábola,
Em torno de palavras que me escapam
Como segredos que me apertam...
Não sei o que tenho
Embrulhado entre um e outro ato,
Mastigado pelo silêncio,
Na hora em que o sol se fecha
E a noite se abre
Para as dúvidas podres
E menções de fé.
Não me deixo escapar nas emoções
De um passado absurdo,
Porque vem o temporal e me arrebata.
Bah! Ah! Ah! Ah! Ah!
É mais uma lembrança e para quebrar o silêncio destes últimos dias.
Abraços do coração
chico
Gisa, amiga, deusa da poesia, da leitura, da vida e do amor: Certamente não diz nada a seu respeito, um poema que fiz há algum tempo e ontem publicado no jornal. Ofereço, em virtude da sugestão do seu, acima:
SONÂMBULO, POEMA
Francisco Miguel de Moura
Sentado, embora sobre os pés,
A queda longe-e-perto
De mim, o vento leve
Rondando-me a mente em parábola,
Em torno de palavras que me escapam
Como segredos que me apertam...
Não sei o que tenho
Embrulhado entre um e outro ato,
Mastigado pelo silêncio,
Na hora em que o sol se fecha
E a noite se abre
Para as dúvidas podres
E menções de fé.
Não me deixo escapar nas emoções
De um passado absurdo,
Porque vem o temporal e me arrebata.
Bah! Ah! Ah! Ah! Ah!
É mais uma lembrança e para quebrar o silêncio destes últimos dias.
Abraços do coração
chico
A ressurreição deu sorriso nasceu com o dia
Ah este inverno que abraça a primavera
Este céu que arroxa meu peito
Estas negras pedras plantadas na terra
O curso do meu errante espirito
Levou-me ao infinito e ao incomensurável
Este orvalho das pequenas coisas
Recorta meu corpo a golpe de cisel
Ocultei meus sonhos numa porta da eternidade
Porque o desespero é voo baixo e sinuoso
Vi ontem dois amantes jurarem uma partilha de vida
Vi olhos que irradiam luz em gesto assombroso
Um imenso abraço
Sempre magnifico, adoro ler-te!
beijos
cvb
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