quarta-feira, 6 de junho de 2012

COMANDO

Deitou de bruços sobre o chão.
Rastejou, usando os antebraços,
Até a beira do buraco.
Olhou na direção do fundo.
Perdeu os olhos na imensidão escura.
Ficou segundos,
Como se hipnotizado
Pela ausência invasiva
Que teimava em sitiar seus sonhos.
Imediatamente inverteu a posição
E contemplou o céu.
Desde que dominou
A arte de rolar sobre si próprio,
Nunca mais permitiu
Que qualquer imposição determinista
Comandasse sua vida.

5 comentários:

Ricardo Miñana disse...

Hola Gisa, un placer leer tus textos.
que tengas una feliz semana.
un abrazo.

Ângela disse...

Deveríamos ser assim, sempre.
mas é difícil, ao menos pra mim.
Beijos ótimo feriado

Carla Ceres disse...

Oi, Gisa! Quem pretende sobreviver tem que ser ninja na arte de rolar sobre si mesmo. Mas, antes de mais nada, precisa resistir à tentação de paquerar abismos. Beijos!

Dilmar Gomes disse...

Excelente poema, amiga Gisa.
Um abraço. Tenhas um ótimo feriado.

ANTONIO CAMPILLO disse...

El arte del asedio es poco conocido. Antes de aplicarlo se debe conocer cómo moverse, cómo mirar, cómo interpretar,... Si el asedio se ha copiado de la milicia no se sabe cómo hacerlo.
Siempre hay que leer tus poemas en tu idioma. Hacía tiempo que no lo decía pero es imprescindible. La sonoridad de los diferentes tonos es excelente.

Un fuerte abrazo, querida Gisa.