Começou semente.
Voou com o vento.
Aconchegou-se no chão.
Germinou com o calor da terra
E o frescor da água.
Fez-se planta
Viçosa, cheia de flor
Gerou o fruto
Doce e macio
Amadureceu fantasiando
A mão que a colheria.
Festejou o dia em que foi apanhada.
Não aguentava em si de tanta realização.
Olhada por todos os ângulos
Cheirada
Sentida
Foi arremessada a distância
"Está bichada!" - disse a voz.
Apodreceu decepcionada
Pelo fim absurdamente instantâneo
De um longo investimento.
6 comentários:
Meio trágico, ma um bom =poema, amiga Gisa.
Um abraço. Tenhas um ótimo feriado.
Trágico, sim.... pode ser, mas é a vida* nossa vida Nossa passagem por aqui, desde o nascimento*...
É assim que eu interpretei esse texto.
Beijinhos, Mery*.
É como durante uma vida construir um castelo e de um momento para o outro se vê ele desmororar-se.
Beijinho e uma flor
Outro belo poema. Amei!
Un largo tiempo invirtiendo energía.
tierra, agua, luz, órganos reproductores, frutos..., que se pueden degradar y ser atacados por animales que requieren parte de la energía acumulada.
Un proceso inapelable y cotidiano de una vida que forma círculos.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
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