quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PODRIDÃO

Dissolvi em pleno meio dia.
Escoei pelas frestas mal cheirosas
Do assoalho apodrecido.
Misturei-me aos vermes
Que lá habitavam.
Mendiguei comida às baratas.
Sobrevivi e sobrevivo assim,
Até o dia do retorno
Sem data,
Mas com garantia
De que ainda irá existir.

8 comentários:

Marinha disse...

Forte isso!
Provocaste um suspiro, daqueles que vem lá do fundo, Gisa. Forte mesmo!

Rogério G.V. Pereira disse...

Não posso
Não posso entender
Esse acto
Voluntário
De te deixares apodrecer
Não posso
Não posso ter aceitação
A esse acto
Voluntário
De aceitares a podridão

Não retornes
A menos que te transformes

Catia Bosso disse...

A sobrevivência é o principal passo!



bjsMeus
Catita


Flor de Jasmim disse...

Forte as tuas palavras Gisa.

Beijinho e uma flor

Anônimo disse...

Gisa, tem muito é que acreditar?
"Eu confio na sua fé"!
Beijo no coração
Manoel

Escritora de Artes disse...

Engraçado, mas o que causa a podridão também apodrece...é questão de tempo...

Querida amiga....luz...brilho...amor...paz...e esperança é tudo que posso desejar a vc...

Bjos

ANRAFERA disse...

Duro poema. Felicitaciones y saludos.
Ramón

CHIICO MIGUEL disse...

Gisa,
Oh miha amiga, sei que não passaste por
tão bons tempos ultimamente, mas me dói
o coração certos poemas desta fase tua.
Acredita nas tuas forças, volte às alegrias de sempre. O tempo passa. Amemos. Como não sabemos se amanhã estamos vivos, quero dizer que te amo mesmo, de coração. Sei que esses poemas
de ultimamente são apenas uma fase, Deus quer que assim sejam.
Amiga, fale comigo, quero te dar um abraço bem forte, sentindo as pancadas do coração e da vida.
Beijos
Chico Miguel de Moura.