domingo, 9 de dezembro de 2012

METAMORFOSE

Do fundo do poço
Dois braços saíram
A música hipnótica
Pensar não deixava.
Lutas vãs
Assustadas fugiram.
Atônita deixou-se
Para o breu ser levada.

De visco e nojo
Completamente coberta.
Olhou na volta
Procurando caminho.
Tombou no chão
Virtudes abertas.
Satisfez a lascívia
Daqueles sem ninho.

Ferida em tiras
Ergueu-se sem medos.
Cambaleou nos passos
Vazios e mutantes.
Transformou-se na erva
Maldita, estranhos bruxedos.
Floresceu no lodo
Infeliz dos degradantes.

4 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Não sei o que me impressiona mais
Se a metamorfose
Se o teu metamorfosear

Fê blue bird disse...

Fiquei arrepiada!
Intensa metamorfose.

beijinhos amiga tem uma boa semana

ANTONIO CAMPILLO disse...

Una metamorfosis tan compleja como la real. Hay que destruir todo, convertirlo en una masa absolutamente distinta para, después de un tiempo, el requerido solamente, la bella mariposa haga su aparición con la fragilidad de un ser que debe empezar a conocer nuevamente el mundo.

Un fuerte abrazo, querida Gisa.

Anônimo disse...

Uma sensação estranha me percorreu corpo ao ler este post, Gisa
Beijos