Fechou as janelas e portas.
Olhou para dentro.
Iniciou, com um suspiro de resignação,
A tarefa.
Seria a última, tinha certeza.
Vasculhou cada canto
Do seu, desorganizado, consciente.
Nada.
Novo suspiro e resignação.
Desmontou as telas de proteção do inconsciente
E entrou assustada.
Tudo era estranhamente imaginável.
As roupagens tentavam confundir,
Mas, no fundo, reconhecia
Cada manifestação sombria ou luminosa,
Turva ou clara que a enfrentava desafiadoramente
Todos os dias.
"Eu às avessas..." - pensou - "Divertido".
Continuou com esforço o processo.
Nada poderia lhe escapar, ou enganar.
Não. Ali também não estava.
Sorriu aliviada.
Retornou ao pricípio
Abrindo, com ímpeto, tudo que havia cerrado.
"Estou nova!" - gritou - "Vamos ao recomeço!"
Saiu cantando e dançando
Sem perceber o rombo que sangrava no peito.
Todos viram e calaram.
Em algum momento perceberia o ferimento.
Ninguém ousaria perturbar
Naquele momento
Tamanha felicidade.
7 comentários:
Mais um poema de fôlego de teu estoque criativo. Um abração. Tenhas uma linda semana.
Oi, Gisa, às vezes, precisamos dar um basta nesses momentos sombrios que habitam nossa alma... Muito bonito! Beijos!
Tengo tanto atrasado por leer... Bello poema, como siempre amiga. Besos.
Olá,Gisa
Gostaria de um contato.Meu mail: miriamdesales@gmail.com
bjs
Tanta alma, tanta verdade neste teu belíssimo poema minha amiga
beijinho comovido
Fê
A felicidade, normalmente, está dentro de nós
Beijo
Más que un poema, que lo es, Gisa, y muy bueno, parece que una ilusión creativa, un acorde de creatividad como relato, se encuentra en éUna historia tan apasionante como potente y ¿desgraciada o feliz?.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
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