sexta-feira, 22 de agosto de 2014

TERNO

Buscava o infinito.
Percorreu rios, ruas e ares
Avistou, ao longe, 
Algo que parecia ser sua sombra.
Entusiasmou-se.
Intensificou a caminhada,
Não poderia perdê-lo de vista!
A perseguição 
Brincou os minutos,
Viveu os dias, 
Atravessou os meses,
Arrastou os anos...
Exausta parou de súbito.
Sentou-se entre o desespero
E o cansaço.
Adormeceu sem perceber
Que o infinito, enternecido,
A tomara nos braços
E, neste exato momento,
Embalava-a ao som
Da mais bela
Canção de ninar.

5 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

O infinito
é um querido
e sabe retribuir
a quem o anda a perseguir

Anônimo disse...

Gisalindamiga

Que belas palavras, que belo poema. Não resisto a transcrever:

Sentou-se entre o desespero
E o cansaço.
Adormeceu sem perceber
Que o infinito, enternecido,
A tomara nos braços
E, neste exato momento,
Embalava-a ao som
Da mais bela
Canção de ninar.


Tens o dom de poemar. A palavra eu inventei-a, mas tu mereces tudo.

Qjs às tuas mininhas/senhoritas, abç ao Ed e um daqueles que usamos entre nós, com o beneplácito da Raquel...

Unknown disse...

Como foi amável este tempo que veio de encontro do desejo de viver.
- Tomou-o nos braços e adormece-o.

ANTONIO CAMPILLO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ANTONIO CAMPILLO disse...

Infinito, Gisa, es otra palabra con innumerables matices que se pierden en el orden de las cosas del Cosmos. Vivir el infinito con alguien es como poseer la llave de la eterna felicidad.

Un cariñoso abrazo, querida Gisa.