segunda-feira, 8 de setembro de 2014

PAPEIS

Do jorro nasceu a vida
Que correu insandecidamente
Pelos estreitos corredores
Úmidos e escorregadios.
Alojou-se no aconchego
Da sua metade
E lá ficou.
Esperou, esperou 
E se fez completo.
Como obra acabada 
Adentrou no mundo.
Encantou, cresceu, viveu,
Morreu.
Morreu no exato momento
Em que, cansado do velho papel,
Idealizava uma nova estreia
Para breve,
Muito breve.

4 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

O teatro é assim
Exacto
Morre-se e nasces-se
no mesmo palco

As pancadas de Molière
duram menos que um minuto

Paulo Francisco disse...

Há quem acredita na volta.
Um beijo grande

Paulo Francisco disse...

Há quem acredita na volta.
Um beijo grande

Manuel Veiga disse...

uma morte em beleza...

beijo