sábado, 22 de janeiro de 2011

PASSEIO

Gostava de passear em ruas lotadas.
Caminhava, vagarosamente, no meio da multidão
Adorava o poder que o contato com os desconhecidos lhe causava
Não sabia nomes, tampouco rostos
Diluía-se na paisagem do concreto
Sumia, anonimamente, nos bueiros
Onde permanecia, quieta,
Com medo que a Natureza lhe descobrisse.

14 comentários:

João A. Quadrado disse...

[quantas as solidões que se escondem dentro da multidão, mar de gente sem saber onde colocar uma palavra, um braço, um ombro por fora da escuridão?]

Pleno de possibilidades de leitura, o seu texto.


Um imenso abraço, Gisa

Leonardo B.

Vanessa Souza disse...

Mais um na massa.

Guará Matos disse...

Saia para visitar sem ser convidada
Invadir, roer era o seu jeito próprio
De poder
Causava asco, pavor, histerismo
E para provar que podia mais
Voava sem pudor
Não importava se era combatida
Com chinelada
Ou detefon
Morria
Mas do bueiros saiam outras
E assim a loucura se renovava!

Beijos.

Luis Nantes® disse...

Pois éh!! As vezes tenho vontade passear só no meio da multidão... Raramente consigo, viu?
Beijos

. disse...

Gosto disso...de passar observando...cada vida.
Beijos

meus instantes e momentos disse...

a multidão sou eu...e pronto. Que seja assim , sempre.
Maurizio

`·.·•¤ Hanabi ¤•·.·´ disse...

Creo que paso de ello. No me gusta estar con demasiada gente.

Pero me gustó.

¡Besitos!

Anônimo disse...

A timidez e a solidão são irmãs gêmeas.
Belo poema.
Abç

Julie Sopetrán disse...

Ah! Qué hermoso paseo Gissa, siempre es humano
observar lo que nos rodean o quienes nos rodean. Genial.

Anônimo disse...

Eu sou assim: gosto de observar a multidão, mas prefiro que ela não me perceba. Sou tímida. rsrs
Beijos.

Jose Manuel Iglesias Riveiro disse...

Precioso poema, la soledad la multitud, solo en medio de la gente, lo sentimientos y los miedos todo es parte de nuestra vida con lo que hay que vivir.

Marinha disse...

Uma entre tantos. Às vezes a vontade é de ficar invisível para si mesmo.
Bjo e paz, amiga minha.

Merlaine Garcês disse...

A vida tem dessas...
Tem dias que não queremos ninguém, queremos passar desapercebidos... invisíveis para o mundo!

Beijos Gisa!

Zatonio Lahud disse...

Você leu minha mente, eu adoro sair e me perder no meio da multidão sem rumo no centro velho do Rio.