segunda-feira, 28 de maio de 2012

CUIDADO

A sombra negra a perseguia.
Mesmo sem luz,
Ela a conseguia pressentir.
Não agia mais com naturalidade
Com medo da reprovação.
Não arriscava nem sorria.
Sentia-se murchar aos poucos
Sua energia estava sendo sugada
Pela estranha parasita
Sabia disso.
Morria devagar
Vendo sua cor fugir
E sua carne apodrecer
No pouco valorizado cotidiano.
Havia perdido o tempo,
Agora já era tarde,
Muito tarde para revidar.
Agonizou em silêncio na esquina escura
Para não importunar os passantes.

12 comentários:

Carla Ceres disse...

Internalizar críticas alheias é péssimo e, em certos casos, pode mesmo tornar-se fatal, Gisa. Bem percebido! Beijos!

Mª LUISA ARNAIZ disse...

Qué inquietante devenir.
Saludos.

Mery disse...

Inquietante, sim... "a morte é a sombra?
Agoniza em silêncio*...para não importunar os passantes;
...sutileza ou frieza?

Abraço e boa semana pra ti.
Mery*

Paulo Francisco disse...

Eita! Mandaria este texto pra uma porção de gente como recado dito.
Uma semana linda pra ti.

Suzane Weck disse...

Mais uma linda poesia marca este teu excelente blog.Adorei a visitinha e saber que gostastes da musica.Um carinhoso abraço.

Manuel Veiga disse...

necessário sacudir o torpor...

beijo

ANTONIO CAMPILLO disse...

La muerte, esa extraña forma oscura que obliga a sus secuaces parásitos a ayudarla, provoca con frecuencia un dolor más intenso que la propia desaparición de la vida.
Un implacable devenir.
Ideal para leer en tu idioma y recomendarlo en G+.

Un fuerte abrazo, querida Gisa.

Flor de Jasmim disse...

Gisa querida
Excelente mensagem!
Boa semana amiga

Beijinho e uma flor

Sérgio Pontes disse...

Intenso, gostei

ARTE EN TUS MANOS disse...

Para pensar en ello..
genial
Un saludo
Azucena

BlueShell disse...

Morria devagar...que lindo e triste...mas sem deixar de ser lindo

Meu beijo matinal
BShell

Rogério G.V. Pereira disse...

Vamos lá a acordar, menina
esses pesadelos me inquietam

(Ninguém escolhe a esquina
onde se finar.
O melhor mesmo é acordar)