domingo, 26 de agosto de 2012

FIM

Sinto.
Quebrou.
O elo de cristal,
Indestrutível,
Não suportou
O peso do tempo,
Das culpas,
Das mágoas...
Desfez-se em milhões
De cacos sem brilho,
Libertando o sonho.
Este, leve,
Foi embora sem olhar para trás,
Encantado com as novas luzes
Que vislumbrava no horizonte.

7 comentários:

Anônimo disse...

O fim de uma coisa é sempre princípio de outra. ;))))
Beijinhos

Rogério G.V. Pereira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rogério G.V. Pereira disse...

Pegou num fino pedaço
Talvez o mais baço
E levando-o junto à boca
Com esperança pouca
Deu-lhe um pequeno bafo
E depois esfregou-o no braço
Reluziu
Brilhou
e o brilho reflectiu
parede em frente
onde a fotografia
que lá havia
estava ausente
Juntou todos os pedaços
e os colou um-a-um meticulosamente
O elo de cristal fora reconstruído
As antigas fracturas
Pareciam rugas
Carinhosamente dispostas como num rosto
Onde nem todas são de desgosto
Olhou o elo
Gostou de vê-lo

Outras luzes?
Fogos-fátuos?

Anônimo disse...

Por vezes, o fim não é mais do que uma renovação, o que acontece é que só mais tarde nos apercebemos disso...
Beijos

Ah, é verdade, estou aguardando sua praça... prazo termina no final da semana

vieira calado disse...

(...)
o breve
e o leve
cristal de neve.

Bjssss

na vinha do verso disse...

leve e encantado

abs

ANTONIO CAMPILLO disse...

El paso del tiempo es terrible y mucho más cuando se "soporta" y no transcurre normalmente.
Todos somos frágiles como el cristal y podemos rompernos con facilidad pero jamás podemos retroceder. Retroceder es volver a puntos de partida que están invalidados.
Siempre hay que poner proa al sol para nunca alcanzarlo. Al menos siempre te iluminará.
¡Adelante, Gisa, siempre adelante!

Un fuerte abrazo, querida Gisa.