Entrei.
Corri para fechar as janelas.
Tirei uma a uma do antigo lugar
E as guardei,
Bem acondicionadas no grande baú.
Entraste.
Apagaste cuidadosamente a porta,
Até que não se percebesse mais
Os velhos contornos.
Jogaste a borracha no canto
Dentro do grande baú.
Olhamos em volta.
Nenhuma abertura.
Pegamos os pincéis e as tintas.
Decoramos o entorno
Com tudo que mais queríamos.
Brincamos de fadas e cavaleiros.
Pierrôs e colombinas.
Princesas e monstros...
Cansados, caímos rindo no chão,
Misturados a todos personagens
Que demos vida.
E sem que percebêssemos,
Nos deixamos embalar até adormecer.
Quando acordamos,
Estávamos trancados no grande baú.
Morremos sem ar,
Escutando nossas criações
Brincarem de nós mesmos
Do lado de fora.
6 comentários:
Boa tarde, Gisa. Poesias perfeitas, que tive o prazer em ler.
Pena que não somos frequentes no espaço uma da outra.
Adoro o seu jeito de escrever, nada extensa, mas que diz muitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa coisa!
Parabéns!
Tenha uma semana de paz e beijos na alma!
Te enganas nesta história
Nossas almas estão também lá fora
É muito bom vir até aqui , posso me senti na expressão da palavra.
Excelente texto.
Beijinho
Nicinha
Belíssimo
contra todos os silêncios
Espiritualmente juntos, mesmo depois da morte.
Muito bom ler-te Gisa.
bjs
cvb
Es una curiosa historia, Gisa. Tan interesante como fantástica, ¿o real?. Posiblemente, los guiñoles, tras su duro trabajo, duerman un poco apretados en el baúl del maestro que realiza voces e historias.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
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