domingo, 17 de fevereiro de 2013

INACABADA

Com barro e pó se refez.
Pouco a pouco
Recriou o corpo.
Mãos,
Pés,
Braços,
Pernas,
Seios,
Sexo...
Ficou feliz,
Era um bom resultado.
Pôs-se diante do espelho
A fim de moldar a cabeça,
Cabelos,
Rosto...
Ficou em dúvida
Dos seus contornos originais
Da antiga fisionomia...
Tentou e executou
Inúmeras vezes.
Nada a agradava.
Desmanchou toda a face
A golpes raivosos
E saiu.
Um dia encontraria inspiração
Para terminar o trabalho.
Até lá,
Já tinha feito o suficiente
Para seguir...

9 comentários:

Anônimo disse...

de certo, interessante.
De um brilhante contexto...

Rogério G.V. Pereira disse...

Fizeste bem
O barro é desaconselhável
Á recosntrução do corpo
De barro se faz
Reparações na alma

Para reparar a face
Só um disfarçe

Poucos há que o dispensem...

Unknown disse...

A capacidade do artista será recriar ainda que muitas vezes destrua as suas obras por não estar de acordo com elas

Paulo Francisco disse...

As mutações existem... Somos mutantes!

Um beijo grande

MARILENE disse...

Com material inadequado nada se é possível alterar. Bjs.

Flor de Jasmim disse...

Quando nada agrada é dificil terminar o trabalho.
Boa semana minha querida

beijinho e uma flor

Manuel Veiga disse...

"espelho meu, espelho meu..."

beijo

Anônimo disse...

Gisalindamiga

Belíssimos versos que, por acaso, até me fizeram lembrar o Pitangui. Modelar uma figura, mesmo que seja a si próprio é sempre o cabo dos trabalhos. E tu ultrapassaste esse cabo que das Tormentas se tornou da Boa Esperança.

Tem concurso na nossa Travessa; vai lá e concorre. é uma ordem!!! rsrsrs

Os gatões estão bem e recomendam-se. E as gatinhas? E o maridão?

Prontos (sem s) abç qjs e um muito especial para tu. A Kel creio que acompanha. Em ano de bodas de oiro, a 26 de dezembro, tudo é de esperar...

Henrique

ANTONIO CAMPILLO disse...

Debe ser compleja una reconstrucción que pretenda conformar todo como era, en las justas medidas en las que se encontraba antes de desaparecer alguna de sus partes.
¿Cómo fue? ¿Con restos de ejecutados o con puro barro sin alma? En cualesquiera de los dos casos el alma no existe, los sentimientos se desvanecen.

Un fuerte abrazo, querida Gisa.