domingo, 28 de abril de 2013

CENAS

Diante da imaginária linha divisória
Deixou-se ficar.
Verificou que
Quadro a quadro
Do filme finito
Soube estancar
No seu momento certo.
Tudo adquiriu perspectiva
E a distância cresceu.
Lá na frente
Nada mais se avistava
Do que tinha permanecido atrás.
Lá de trás
Não se desconfiava
O que haveria na frente.
O abismo fez-se,
O esquecimento veio
E o cotidiano enterrou.
Deu de ombros
E congelou
Mais uma cena.

11 comentários:

Unknown disse...

Bendita seja a capacidade que o cérebro tem de "selecionar" nossas lembranças conscientes... já pensou? E que benção não termos conhecimento do futuro... por isso existe a esperança...
Adorei o testo... em poucas palavras, verdades imensas...
Beijos.

Andradarte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Andradarte disse...

Assim é o 'teatro da vida'....
Bom Domingo
Beijo

Rogério G.V. Pereira disse...

A cena definida é o vazio disfarçado, encenado numa perspectiva sem sonho:
Quando, lá na frente, nada mais se avista do que o que tinha permanecido lá de trás e o esquecimento vindo enterra o quotidiano...

Esta cena é um embuste
Faz descer o pano

ou mete já a cena seguinte

Anônimo disse...

Gisa, perfeito. A vida é exatamente isso. Se ultrapassarmos, saturamos.
Grande beijo
Manoel

Mar Arável disse...

Abre o pano

cai o pano

não existe pano
O tempo passa

Anônimo disse...

Gisalindamiga

Lucinhamiga

Rosinhamiga

Hoje não faço qualquer comentário pelo motivo que se segue:

Venho informa-te que estive muito doente. No sábado passado, inesperadamente, perdi a fala, perdi a consciência, perdi os movimentos.Fui ao Hospital de Santa Maria, felizmente puseram-me em bom estado, tal como podes ver através deste comentário.

Logo que possível, por carta desenvolverei a tremenda ocorrência.

Diz-me na Travessa o que pensas disto, sff. Muito obrigado

Qjs

H

Anônimo disse...

ADENDA

Gisalindamiga

Hoje não faço qualquer comentário pelo motivo que se segue:

Venho informa-te que estive muito doente. No sábado passado, inesperadamente, perdi a fala, perdi a consciência, perdi os movimentos.Fui ao Hospital de Santa Maria, felizmente puseram-me em bom estado, tal como podes ver através deste comentário.

Logo que possível, por carta desenvolverei a tremenda ocorrência.

Diz-me na Travessa o que pensas disto, sff. Muito obrigado

Qjs

H

Escritora de Artes disse...

Olá querida Gisa,

Mais um belo e autentico texto...
Bjos

Flor de Jasmim disse...

A cena do teatro da vida, no dia a dia, sem a cortina cair esperando aplausos!
Mas eu aplaudo-te Gisa
boa semana querida

beijinho e uma flor

ANTONIO CAMPILLO disse...

Cuando un fotograma pasa por los objetivos del proyector ya no se puede recuperar sino empezando nuevamente. No comprendo bien si te refieres a esta película Abyss, u acaso es un abismo al que se cae y no es posible regresar. Como bien expresas, Gisa, es una escena más.

Un fuerte abrazo, querida Gisa.