Na noite sem lua,
Desbravou os véus
Que pendiam das árvores
Chegando à clareira.
Com o brilho das estrelas
Vislumbrou o totem
Que se erguia rijo,
No meio do espaço vazio.
Tomada por intensa sacralidade,
Ajoelhou-se diante do monumento
Em sinal de adoração.
Impelida pelo som dos ventos
Entregou-se à frêmita necessidade
De reverenciar ao divino.
Acariciou-o com cuidado decrescente.
Rolou em seu entorno,
Rodopiou ao seu comando,
Riu e gemeu,
Experimentando cada ângulo possível
E impossível...
Vibrou ao ver a explosão do inevitável.
Bebeu do leite lançado ao céu
Em incandescente jorro.
Fugiu o mais rápido que pode.
Não suportaria o que viria a seguir.
Sabia disso...
5 comentários:
Bom dia
Adorei ler, parabéns
tenha uma semana feliz
beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Mais um lindissimo poema amiga Gisela,gostei muito de ler. Beijinhos e boa semana para ti!! http://mafaldinhaarte.blogspot.pt
Dava um quadro
Se soubesse pintar
Com cores eróticas
E linhas pitagóricas
uma "oração" pagã - muito bela.
beijo
Sospecho que quien narra esta adoración al totem por excelencia es una mujer. Pensando así, esta adoración por eso totem enhiesto, altivo y con capacidad para proporcionar placer y terror, vida y admiración, diferencia y potencia.
Un fuerte abrazo, querida Gisa.
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