domingo, 16 de fevereiro de 2014

CENA

Chego.
A sala em desordem,
A mesa posta.
O gato no canto azul
Mia sem parar.
O passado embala-se
Com força
Na velha cadeira
Ao ponto de fazer
Ranger o opaco assoalho.
A cena congela.
Sinto que é a minha deixa.
Saio.

8 comentários:

Marco disse...

Um poema muito bem estruturado, prenhe de sentidos... Adorei te ler, aplausos!

Cidália Ferreira disse...

Boa tarde

Gostei de ler.

Beijo, bom Domingo

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Rogério G.V. Pereira disse...

Sinto que é a minha deixa.
Entro,
depois dela ter saído
A sala vai-se ordenando,
O gato foge espavorido
O passado vai-se calando
E regressa um silêncio
brando,
descongelando lentamente a cena
Na velha cadeira
sento-me e não me embalo
para não ouvir o ranger do soalho
Espero

Inaie disse...

Volta já para lá - o Rogério está te esperando na cadeira de balanços!!!

SELIA disse...

Obrigada pela visita!
Desejo uma semana super feliz e cheia de coisas boas. bjs
Selia

Dilmar Gomes disse...

Amiga Gisa, eis uma visão poética do cotidiano.
Um abraço. Tenhas uma linda semana.

ANTONIO CAMPILLO disse...

La realidad cotidiana alcanza a todos en los momentos menos oportunos, espléndidos profesional y y felizmente. Espléndido retorno y muy adecuado poema.

Un cariñoso abrazo, querida Gisa.

Dayse Sene disse...

Hummm! Adorei...sucinto e disse tudo. Parabéns!
Obrigada pela visita ao meu blog...deixei resposta para você.
Abraços.