segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

INCOMPREENSÃO

Incompreendia a incompreensão
De todos acerca de sua pessoa.
Era clara, transparente e volátil,
Mas perfeitamente táctil.
Falava, sempre da forma mais ponderada.
Palavras, ainda que não unívocas,
Possuíam significados bem delimitados
Capazes de apaziguar a tormenta.
Sabia de seus dotes com a certeza dos céticos.
Incompreendia a incompreensão 
De todos acerca de sua pessoa.
Será que a clareza ofusca?
Será que o nevoeiro dos olhos alheios impede?
Incompreendia a incompreensão
De todos acerca de sua pessoa.

6 comentários:

MARILENE disse...

Ler as pessoas, com fidelidade, não é fácil. A presunção de clareza que, por vezes, nos atribuímos, não é vista da mesma forma pelos demais, o que gera desencontros.

Desejo-lhe um maravilhoso Natal, ao lado dos que lhe são queridos. Bjs.

Flor de Jasmim disse...

Muito interessante, fiquei a reflectir sobre esta incompreensão! Gostei.

Um beijinho Gisa.

Adélia

Manuel Veiga disse...

é mesmo, a clareza ofusca - há olhares que não a aguentam!

beijos

Rosemildo Sales Furtado disse...

Oi Gisa! Passando para te cumprimentar e apreciar este belo texto.

Abraços, Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações.

Furtado.

AC disse...

Gisa,
A incompreensão existe, e existirá, sempre que olhamos para trás. ;)
Venturosa caminhada, minha amiga!

Um beijinho :)

Rogério G.V. Pereira disse...

Nunca os incompreendidos estiveram sozinhos

Me assino,

Um incompreendido