domingo, 24 de janeiro de 2016

EGOÍSTA

Mantinha a alma prisioneira
No corpo remendado.
A cada impacto, 
Apressava-se a cerzir, costurar, remendar.
Tinha pavor da ideia de perdê-la,
Sabia que seria para sempre.
Não aguentaria seguir sem ela.
A tristeza que se impingia
Só teria sentido
Com o sofrimento dela também.

5 comentários:

Gato cinzento disse...

A solidão é, pra muitos, um fantasma enorme.

Ivone disse...

Triste, mas bem escrito poema sobre egoísmo, entendi que há muitas pessoas que prendem pessoas perto de si, mesmo sabendo que elas poderiam ser mais felizes se "partissem".
Abraços Gisa!

Rogério G.V. Pereira disse...

Quando nada está bem
cada um
envolve o outro
no amor possessivo que lhe tem

chame-se-lhe
egoísmo, desamor
ou o que isso for

Pedro Coimbra disse...

Gosto mais de sentimentos à solta.

Manuel Veiga disse...

por vezes há que por a alma ao sol...
como a roupa no estendal...

beijo