quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ENGODO

Quando viu, floresceu!
Folhas por todos os lados
Faziam as vezes de saia.
Cabelos, em pétalas,
Caiam sobre os ombros
Em cachopas bem cuidadas.
O fino corpo de haste
Pendia, ora para um lado,
Ora para o outro
Em um tênue balanço
Nos braços do vento.
O perfume, inebriante,
Entorpecia o ambiente.
Atraído pelo encanto crescente,
Aproximou-se sem cautela.
Como que enfeitiçado,
Deixou-se levar pela imagem
Que via.
Acordou sufocado pelas raízes,
Que sem respeito algum,
Bailavam sobre seu rosto
Já em adiantado estado de
Putrefação.

3 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Amiga Gisa, teu poema trouxe-me à lembrança os contos do Caio Fernando Abreu.
Um abração. Tenhas uma linda tarde.

ANTONIO CAMPILLO disse...

Querida Gisa, no sé si este comentario lo leerás porque, a pesar de visionarlos cuando los escribo, al día siguiente no aparecen. Debe ser un error en las cookis que dirigen los comentarios en determinados blogs. Como estoy de viaje, no sé si será debido a esta situación excepcional. Hasta la semana que viene no vuelvo a España y será entonces cuando pueda analizar lo que sucede. Lo siento.

Un cariñoso abrazo, querida Gisa.

Hugo Nofx disse...

UaU, adoro o poema.

Tinha saudades de vir aqui.

beijo.