segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TOUCHÉ!

Sempre dançando,
Envolveu-o com os sete véus retirados,
Um após outro.
Certificou-se da imobilização
Meticulosamente realizada e sorriu.
"Fuga impossível!" - gritou,
Retirando-o do transe provocado
Pelas ondulações do corpo durante a música.
Chegou perto, bem perto, dos seus olhos espantados
E o beijou.
Este seria o último ato terno
Que se propusera fazer.
Saboreou sua aflição.
Iniciaria o dolorido ritual
No momento em que bem entendesse.
Só restava a ele,
Esperar.

10 comentários:

Paulo Francisco disse...

E esperando ele ficou...
A música é sempre uma companhia agradável.
Um beijo grande

JP disse...

A esperar andamos muitos, Gisa....ora por um motivo, ora por outro.

Eu espero sempre!

Beijinho

ANTONIO CAMPILLO disse...

Cada uno de los siete velos semeja una uña del jaguar que atenaza, ata, inmoviliza con pasión y después trata de buscarse el placer que ansiaba.
Un ritual, un escarceo, un beso profundo y la resistencia del penado cae en un profundo pozo de satisfacción.
Se marcha la poseedora de los siete velos, ¿qué haré? La inmensa espera se ha iniciado. La cuenta atrás es imparable: vendrá. Volverá a recoger lo que queda porque lo ha atrapado, lo ha capturado, es quien puede dar y recibir tanto placer como jamás se espera.

Un fuerte abrazo, querida Giza.

Joaquín Lourido disse...


Que la espera sea siempre de la belleza interna, de una balada, de una melodía, de la Madre Naturaleza, de la Esperanza, etc... Todo un jardín alfombrado hacia esa realidad.

Beijos dende Galiza.

Catia Bosso disse...

Amo seu espaço e jamais considero uma troca... eu venho, leio, se possível deixo um comentário... se tu podes, vais! Sei que seu doce coração esta sempre presente...


bjsMeus

Catita

Flor de Jasmim disse...

Lindo!
Que a espera não seja longa.

Ando um pouco afastada, passo muitas horas no hospitala fazer companhia á minha mãe que foi vitima de um AVC muito profundo.

Boa semana querida amiga

Beijinho e uma flor

Rogério G.V. Pereira disse...

Esperar é um acto voluntário
Ninguém a ele é obrigado
E não há fugas impossíveis...

Mas ficou preso
pelo beijo

Marco disse...

Insidioso, entretanto, uma esperança sempre acesa para o amor...

Ana Andreolli disse...

Tava sumida mais voltei viu?

Adorei o poema


beijos

Escritora de Artes disse...

Lindo querida amiga!

Bjos