segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

LEMBRANÇA

Em meio a explosão de ideias evaporou
Formando a fofa nuvem de merengue.
Singrou pelos ares distribuindo suspiros
Condensou-se em leite e escorreu
Para dentro da xícara de chocolate.
Ofereceu-se quente e doce a ele
Que a bebeu com sofreguidão.
Pego de surpresa,
Entendeu de pronto
Que essa seria a maneira mais prazerosa
De a possuir, para sempre, na curiosa lembrança
Do que deveria ter sido,
Sem nunca o ter...

7 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

A OUTRA LEMBRANÇA

Houve dois beberes
o primeiro
na mistura desejada
encantada
do leite a dissolver-se
nos braços, no corpo
de um chocolate, morno
A temperatura subiu
como nunca se viu
E a donzela teve de esperar
até aquele café da manhã
poder saborear...

Quando pousou a xícara
nada dos dois restava

Jose Manuel Iglesias Riveiro disse...

Los recuerdos, lo que debería haber sido, lo que debería haber encontrado, vivido y compartido y no fue. Todo el pretérito es recuerdo. El presente es ilusión y esperanza de alcanzar lo deseado y, así la esperanza es el futuro, poder compartirlo y vivirlo agarrado a la felicidad buscada.
Un dulce beso.

Julie Sopetrán disse...

Qué bello Gisa!!! Me has hecho recordar a mi padre. Un abrazo y feliz semana.

Carla Ceres disse...

Muito bom! Lembra as aulas de culinária em "Dona Flor". :) Beijos!

Álvaro Lins disse...

Poesia em culinária... ou o inverso:)!
De qualquer forma uma excelente combinação!
Abraço

Rart og Grotesk disse...

lembrança interessante!!rsrs

OceanoAzul.Sonhos disse...

Restou a lembrança apenas... pena quando não se concretiza.

Sempre muito bom ler-te Gisa.
beijinho
cvb