Vagando no mundo de espelhos
Das palavras dúbias,
Deparei-me com um ponto.
Sentei sobre ele
Com todo o desânimo
Daqueles que entendem o final imposto.
Quando iria iniciar a chorar,
Já com as mãos cobrindo a face,
Percebi que havia algo além.
Firmei os olhos e vi um novo ponto,
Ali, logo adiante.
Ergui a cabeça
E logo avistei mais um.
Os três sinais alinhados na horizontal
Trouxeram-me um frescor na alma.
Não era o fim.
Levantei-me e dancei sobre eles
Saltando de um para o outro.
No alto do terceiro
Verifiquei que mais algo havia
A barrar o meu caminho.
A uma certa distância da onde eu estava,
Logo o percebi.
Era curvo e parecia escorrer para baixo
De onde um pingo redondo caía.
Sendo impossível a conclusão,
Tendo em vista a forma gráfica
Plantada a minha frente,
Deitei-me na sua côncava sombra
E adormeci na espera.
Quando a situação mudasse
Certamente o sol, agora escondido pelo marco,
Voltaria a iluminar meu rosto
Anunciando-me com um clarão
Quando a decisão estivesse tomada.
8 comentários:
... e ? talvez virassem ! :) Muito bom, Gisa! Me fez lembrar dA Chave do Tamanho, do Monteiro Lobato, quando o pessoal do Sítio, bem pequenininho, caminha sobre as páginas de um livro. Beijos!
Amiga Gisa, alguma coisa no teu poema fez eu lembrar de Jorge Luis Borges, talvez por conta da metáfora dos teus versos, não sei...
Um abração. Tenhas um lindo dia.
Não, não digo nada
Não quero desviar a atenção do que acabo de ler
:))
Sempre lindos e profundos seus textos, beijos.
Hermoso, profundo poema, filosófico como siempre. Me encanta. Un abrazo amiga.
Um mimo, q dlicia ler cada linha tentar interpretar, sentir sua mensagem, pra vc minha linda bjos, bjos e bjosssssssss
Minha querida
Como sempre IMENSOS os teus poemas que adoro ler.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Excelente!
Abraço amiga
cvb
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