sexta-feira, 27 de maio de 2011

ANJO

Veio buscá-la quando adormeceu
E por sua mão a conduziu com destreza pela escuridão e insensatez dos sonhos.
Ultrapassaram castelos e precipícios,
Experimentaram toda sorte de ventos e temperaturas.
Debateram-se contra inimigos sem face, mas de poderosas garras.
Tiveram medos e delírios que ultrapassaram o simples sentir.
Viveram, intensamente unidos,
Os mais variados abalos sísmicos que os faziam flutuar sobre o chão
E cair em queda livre na imensidão do nada.
Voltaram, sem que percebessem, ao quarto de onde tinham partido.
Deu-lhe um beijo na face e a acomodou embaixo dos lençois
Aconchegada no leito quente virou-se para o lado seguindo o sono tranquilo
O anjo sorriu, ela nunca saberia o prazer que tinha lhe causado...
Saiu sem perceber que ela também sorria
Certa que o anjo igualmente nunca saberia que tudo que lhe causou
Causou porque quis...

12 comentários:

MARILENE disse...

Que maravilha! Viajar em sonhos e ter consciência disso.
Bjs.

Anônimo disse...

Impresionante fábula. Vienen las palabras a seducir a un lector que se queda sonriendo cuando termina el relato.
Felicitaciones.

Paulo Francisco disse...

Que belo anjo!
Um beijo grande

Andradarte disse...

Cada um tem o seu Anjo...
Enigmático texto...
Beijo

Zé Carlos disse...

Um beijão de boa noite, Gisa querida, ZC

Unknown disse...

Como são bons estes anjos.
Queria tê-los sempre por perto e abraçá-los com muita força naquelas noites em que a dor magoa por dentro de nós.

Jean-Philippe Verselin disse...

Bonjour Gisa, il y a des rêves parfois qui tournent aux cauchemars.... bonne et douce journée

Tarsila Aroucha disse...

que coisa boua de ler, de sentir...

Passos silenciosos disse...

OLá anjo amigo!
É bom passar aqui e me encantar com uma postagem de tanta beleza.

Tenha um abençoado fim de semana.
Paz e bem!

Rogério G.V. Pereira disse...

PLAGIANDO O ANJO

Veio buscá-lo quando adormeceu
E por sua mão o conduziu com suavidade pela escuridão e insensatez dos sonhos adormecidos.
Ultrapassaram a peste, a fome e a guerra,
Experimentaram toda sorte de tempestades e terramotos, tsunamis e maremotos
Debateram-se contra inimigos sem face, mas de poderosas e assassinas garras.
Tiveram medos e delírios que ultrapassaram todos os sentires.
Viveram, intensamente unidos,
Os mais variados abalos sísmicos que os faziam flutuar sobre o chão
E cair em queda livre na imensidão do nada.

O resto?
O resto é conhecido...
Afinal,
basta consultar o original.

Sérgio Pontes disse...

Adorei, bjs

Carlos Lira disse...

Parabéns minha linda amiga, sou seu fã número 1