segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CASULO

Confuso, 
Tentou dissipar as preocupações 
Na fumaça do cigarro.
Não contava, no entanto, 
O quão rápido
Poderiam as fitas cinzentas e, 
Aparentemente, translúcidas,
Nascidas em espiral da brasa rubra
Tramar o inexpugnável casulo
Sufocando-o lentamente,
No mais apurado requinte de crueldade.
Demonstração de força 
Do tédio, da dúvida e do medo
Sobre aqueles 
Que não conseguem decidir.

12 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Amiga Gisa, o bom poeta não necessita de muitas palavras para transmitir seu recado de forma abrangente, como no poema aqui exposto.
Um abração. Tenhas uma linda semana.

Rogério G.V. Pereira disse...

Foi buscar
forças à sua própria natureza
Dói, doeu
mas a metamorfose aconteceu
e do casulo
uma bela borboleta
voou
Ele se transformou...

Anônimo disse...

Gisa, muito bem bolado!
Beijos no coração.
Manoel.

Joaquín Lourido disse...

Hola Gisa,

La metamorfosis en pleno auge. Una maravilla pasar por tu recantiño. Eres muy especial.

Beijos dende Galiza.

Smareis disse...

Giza muito bonito. As vezes tem poema que é ele que lê a gente.
Beijos e ótima semana amiga.

Jose Manuel Iglesias Riveiro disse...

Dice Quinto que eres muy especial y estoy completamente de acuerdo con él, eres muy especial y así es tu poesía, muy especial, por lo menos para mi. Por eso cuando dices al principio "Confuso". Debes referirte a otra persona, me es imposible creerte confusa, confusa puede estar alguien que se encuentre sin apoyos y sola, no es tu caso mi querida, inteligente y valorada amiga.
Un querido beso.

Julie Sopetrán disse...

Estoy de acuerdo con Quino y con Iglesiasoviedo, eres tan especial que puedes hablar tan bello de lo confuso... Gracias Gisa. Siempre me gusta leerte, y aprender contigo el idioma tan parecido al nuestro. Un beso.

Carla Ceres disse...

Pra mim, Gisa, foram os pulmões do eu-poético que se transformaram em casulos de nicotina. Interpretação tendenciosa de uma leitora antitabagista. rsrsrs Brincadeiras à parte, seu poema é lindo. Beijos!

ANTONIO CAMPILLO disse...

Aburrimiento, duda y miedo, tres sensaciones que nos empujan con fuerza hacia mundos desconocidos que como crisálidas encerradas poseen procesos misteriosos.

Un fuerte abrazo, Gisa.

Unknown disse...

Gisalindamiga

Aqueles que não sabem decidir, nem com charuto lá vão; é só fumaça...

As coisas do costume, que hoje estou um tanto constipado... E a intervenção, modéstia à parte, no domingo, foi brilhante. De tal modo que os assistentes tiveram de usar óculos de vidros... fumados; para o sol.

PS - Por incrível que pareça, na nossa Travessa, além de extraterrestres, agora há... mamas. Malandrice...

Vinicius disse...

Vi nascer um personagem chamado Confuso, vi a forma abstrata e a fumaça do casulo preenchê-lo de fragilidades, tão fugaz como tempestiva.

Abraço

O Neto do Herculano disse...

Entre o tédio, a dúvida e o medo
encontro a poesia.