Frente a frente
Imagens reflexas
Olhos fixos que bebiam os últimos instantes
Um no outro.
Uniram as mãos espalmadas.
E, no susto, iniciaram a dança
Dos corpos colados.
Buscavam a fita e a encontraram
Muito bem escondida
No limiar dos seus infinitos.
Apoderaram-se, cada qual da sua extremidade
E, sem sorrisos,
Iniciaram o percurso rumo ao oposto.
O laço desfez-se sem qualquer encanto.
Livres, voaram acompanhando as piruetas
Da fumaça perfumada do incenso.
De saudade ficou apenas
A imagem do laço desfeito em pontas
Que insistia em acenar o mais patético
Adeus.
19 comentários:
La libertad del adiós con aroma de incienso... Bellísimo, Gisa. Como siempre, mi admiración más sincera. Eres una gran poeta.
tem horas que precisamos romper os laços!
Otro hermoso poema que ratifica que eres una gran poetisa, mostrándonos continuamente tus pensamientos y deseos, con una gran maestría y con una delicadeza maravillosa propia de espiriyus libres y apasionados.
Un gran beso amiga.
Une danse un peu spéciale où les liens se libèrent.
Très intéressant!
Amiga, teu trabalho continua profundo e melódico.
Um abração. Tenhas uma linda noite.
Adiós con libertad, sin pagar nada a cambio y sin tomar nada que no pertenece a ninguno.
Una mirada en el último instante es suficiente para constatar la decisión adoptada.
Un fuerte abrazo, Gisa.
Gisa, que pena!!! Esse adeus foi patético mesmo.
Beijo com carinho.
Manoel.
Oi, Gisa!
Ando meio saudosista. Acho que é por conta da idade mesmo. Talvez tenha sido por isso que esse poema doeu em mim. Ele me fez lembrar do passado e de uma dor...
Beijos!
Fitas, laços... nós que atam e desatam...
Abraços
Gisa,gosto muito dos seus versos.Esse que fala de adeus está demais. bjs
Até uma dança do adeus fica bonita quando é você quem escreve, Gisa. Beijos!
Oie minha lindona
Eita que bonito isso lindona, até na hora do adeus, a dança, os laços desfeitos tudo poesia na sua mão
Beijos querida
Meu carinho.
Os finais são sempre tristes mas podem ser belos, ainda assim. Eis a prova.
Obrigada pela presença carinhosa no meu post de aniversário, Gisa.
Um beijo.
A vida é feita destes encontros e desencontros, resta-nos sempre a recordação.
Triste, mas lindíssimo este seu poema.
beijinhos
Muito bem, beijinhos
Chego
e não gosto
Uso dos poderes
e saberes
para fazer reset à cena
(não suporto um adeus, faz-me pena)
Tudo volta ao principio
ao sorriso
pleno
e ao incenso
à dança em rodopio
num movimento como nunca se viu
O laço?
O laço enlaça
e as pontas se guardam
para que ninguém o desfaça
Uau! Que texto, Gisa! Tocou fundo! Me lembrou o fim do meu primeiro casamento. Acho que se buscasse uma frase pra definir minha separação seria:
Frente a frente
Imagens reflexas
Olhos fixos que bebiam os últimos instantes
Um no outro.
Poxa, me emocionou.
Beijokas e meu carinho.
Chamar rupturas de bonito é estranho, mas em poesia (feita com tal zelo e estro criativo) é permitido e necessário. Adorei, Gisa! Meu abraço. paz e bem.
Emocionante Gisa, gostei muito.
beijos
oa.s
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