Ohou para a porta e viu o elegante homem que adentrava no salão. Impecável, com tulipas em forma de bouquet. Trocaram olhares, inicialmente de soslaio, após de forma mais aguda. Caçaram-se mutuamente pelo ambiente. O perfume das flores a entontecia fazendo com que levitasse da cadeira onde respeitosamente se encontrava. Uma mesa de jogo. Cartas rolando. Bebidas e cigarros. Ao fundo música de cítaras que apenas os dois ouviam e sorriam. O magnetismo dos olhos fez com que os corpos se procurassem mais de perto. Deslizaram pelo espaço lotado, sempre fixos um no outro. Passaram lado a lado, como se a dança do minueto se tratasse. Ela sentiu todo o calor que dele emanava quando ele, sem que ninguém percebesse, lançou uma tulipa no seu decote. Com a mão rápida, ela caçou o mimo e o guardou junto ao peito, sob o seio. Afastaram-se reproduzindo o leve bailado daqueles que se enamoram. No ar, no entanto, restava o ardor e desejo já materializado em véus que os uniram pela cintura, sem que os outros vissem. Eles sabiam que estavam presos, eles sabiam que aquela seria uma bela história, eles sabiam que tudo estava apenas começando.
16 comentários:
Gisalindamiga
Eles sabiam, realmente, que estavam na prisão do Amor, sabiam que era uma bela estória, sabiam, sobretudo que tudo começava então.
Magnífico texto, muito bem escrito e muito bem contado. És adorável e sabe-lo bem.
Bjs da Raquel, qjs para as minininhas em especial para tu e abç para o maridão. Gato escaldado...
Un début d'histoire d'amour comme on les aime. Et moi je vois là Cary Grant qui rencontre Deborah Kherr.....
Bonne journée, Gisa!
La prosa, Gisa, es otro aspecto importante de tu versatilidad.
Un cuento importante para seguir escribiendo con la imaginación que te caracteriza.
Un fuerte abrazo, Gisa.
Gisa, belo texto poético.
Um abração. Tenhas uma linda semana.
"No ar, no entanto, restava o ardor e desejo já materializado em véus que os uniram pela cintura, sem que os outros vissem."
Muito forte e verdadeiro.
Abs
Hermosísimo cuento, prosa poética, ingenio. Besos.
Gisa
"sem que ninguém percebesse, lançou uma tulipa no seu decote. Com a mão rápida, ela caçou o mimo e o guardou junto ao peito, sob o seio."
Magnifico!!!
Beijinho
.....o amor é lindo....e o seu texto muito bem
construido...
Beijo
O Amor encontra o seu caminho, seja onde for...Lindo teu blog! Já tô te seguindo! Vem me visitar também! http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com/
Bjo!
Elaine Averbuch Neves
E começando lindamente.
Belo texto.
Que linnnndo... que gostoso... Que texto bem escrito e encantador. Adorei! Ando assim, meio apaixonada, meio desligada... talvez esteja feliz!
Ando escrevendo muito sobre amores imortais e reencontros e teu texto lindo me fez sorrir e sonhar.
Um lindo momento. Obrigada.
Beijokas e meu carinho.
Nesta história, neste enleio
eu sou a tulipa postada sobre seu seio
Meu nome feminino é mero disfarce
Estou prazenteiro onde ela me colocou
O que acontecerá a seguir ainda ninguém contou
Ninguém sabe desse prenúncio o desenlace
Gisa,
A música que existe no dia e na noite somente nós ouvirmos por que somos unidos pela poesia e pelo amor que a poesia traz, consola e anima.
abraços no peito
francisco miguel de moura
Prenúncio elegante esse, Gisa! Fiquei torcendo para que você não os separasse no final. Gosto de finais e continuações felizes. :) Beijos!
olá lindona
Ahhh os começos onde tudo é encanto, desejo e expectativas de uma história bonita.
Quem sabe será,neh lindona.
beijos querida.
Amiga Gisa, faz muito tempo que eu fiz esta oração a Deus, eu estava num estado deplorável de depressão que até hoje não sei como me saí dela.
Vai para você lembrar-se de Deus, nos momentos mais angustiantes, tá?
UMA ORAÇÃO
Francisco Miguel de Moura
vem o’ deus do amor em meu auxílio já
como o meu coração tem andado iludido (e mal)
longe de ti e dos meus irmãos!
quero paz alegria compreensão
para quem anda perdido em si msmo
a alegria silecniosa para sempre
ou uns poucos instantes sem tensão.
não preciso da ilusão de uma anedota
nem de um jugo de palavras.
o prazer da carne na beleza do espírito
sobrepairando à minha dor
angústia obsessão e medo
que eu mereça, senhor.
e voltarei a ser a criança
que fui nos meus antigamentes
confiante na mãe
obediente ao pai
cheio de movimentos e bons fluidos
e transbordante como o teu rio-amor.
assim os que me toquem
também se transformem
em harmonia inocênica humildade
- para tua glória.
e tua glória seja a nossa paixão
e poesia.
UM ABRAÇO MARAVILHOSO DO SEU AMIGO
FRANCISCO MIGUEL DE MOURA
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