quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CIÚME

O chão nasceu espontaneamente sob seu corpo enquanto caia em queda livre.
Com alegria beijou-o com os pés na mais perfeita ponta que pode.
Dançou a graciosidade da sua alma, enquanto era elevada aos ares.
A superfície, sempre em ascensão, dava-lhe a plenitude da amplidão dos horizontes.
Não conseguiu compreender, no entanto, porque o teto azul celeste interrompeu o seu caminho, esmagando-a contra sua abóbada translúcida,
Jamais imaginara tamanha posse.
Não podia ele permitir a compartilhar com as estrelas?

12 comentários:

Anônimo disse...

Gisa, não podia! Puro ciúme mesmo.
Postagem genial, Gisa.
Beijo no coração.
Manoel.

Mª LUISA ARNAIZ disse...

La enfermedad de los celos, como esa planta, nunca cesa de crecer, por eso el cielo sirve de muralla: encierra al otro.

Flor de Jasmim disse...

O ciúme traz tristeza dor amargura e por vezes revolta...mas este traz-nos palavras sentidas e profundas.

Beijinho e uma flor

Rogério G.V. Pereira disse...

ENGANO

Não era
Não era um teto azul celeste
Era um véu que agora a cobre e veste
E ele lhe disse:
"Tenho na minha mão todas as estrelas.
Queres vê-las?"
E o ciúme se desvaneceu...

ANTONIO CAMPILLO disse...

la voracidad de una planta trepadora es similar a la fuerza que se desprende de la "posesión absoluta".
Los celos son tan traidores como esa planta que, con sus vueltas y vueltas, se enrosca hasta ahogar a las otras plantas que conviven con ella.

Un fuerte abrazo, Gisa.

Unknown disse...

Simplesmente belo.
Queria continuar a ver a dança nos bicos dos pés e as mãos afiadas de estrelas cintilantes...

Anônimo disse...

Gisa, tenho lido seus textos e este é meu primeiro comentário (espero que o primeiro de inúmeros...). Você escreve com a alma, por assim dizer. Sem dúvida, seu talento evidencia-se a cada palavra e a cada verso. Parabéns de todo o meu coração e muito obrigado pelo carinho demonstrado no meu humilde espaço. Cuide-se bem...

CHIICO MIGUEL disse...

Vim compartilhar com uma estrela: -Você.
Gisa, recebi sua excelente carta manuscrita, prova de intimidade - se bem que virtual - mas prova de confiança.E assim vamos selando nossa amizade.Espero que, ao terminar de ler o "Menino..." diga alguma coisa que me dê confiança e força para continuar escrevendo prosa.Sou mais de poesia que de prosa, mas aquele livro é, na verdade uma prosa poetica. Como você faz esse tipo de prova acredito piamente que está mesmo gostando da leitura.
O Natal, as festas, exige muito da gente e família puxa daqui e dali, mas espero que na próxima semna esteja enviado minha carta´resposta, pois continuo recebendo muitas e estava respondendo às mais antigas.
Abraço carinhoso de
Chico Miguel de Moura

Unknown disse...

Gisalindamiga

Não tenho palavras, só admiração. Obrigado

Abç ao Edu, qjs diversos e um grandão para tu

Na nossa Travessa sabe-se o porquê do Pai Natal não vir.

Jose Manuel Iglesias Riveiro disse...

Un bello poema, espontaneo, salido de tu interior, muy hermoso.
"Bailo la bondad de su alma", algo que se transmite en todos tus poemas, que se siente y se comparte.
Un beso navideño.

Betha Mendes disse...

Gisa,

versos sugestivos, suaves, fortes.
Belo!

bj

Betha

ERICO BRATFISH disse...

Gisa

Linda poesia... é de cair o céu e faltar o chão aos nossos pés...

Tenha um lindo final de semana!

:)