terça-feira, 7 de junho de 2011

CHAVE

Pintava os caminhos com a determinação de seus pés. Ia simplesmente e o chão encarregava-se de nunca lhe faltar. Possuía rotas variadas. Conforme o seu sentir subia, descia, andava em infinitas espirais que levavam a escadas direitas ou invertidas. Andava pelo teto, pelas paredes e pelo ar conforme melhor lhe convinha;No entanto possuía um limite que não podia ultrapassar, fato esse que não lhe deixava confortável. Liberdade ampla, porém restrita a um espaço determinado não era liberdade. Ansiava em descobrir onde estava escondida a chave da porta escura do canto da sala sem janelas. Já havia vasculhado todo o cômodo mas não a havia localizado.Certo dia, em suas andanças infinitas, percebeu algo que brilhava no alto teto escondida em uma fresta do forro. De um pulo lá chegou e verificou ser o objeto tão sonhado. Ansiosa, correu à porta para finalmente poder descobrir o que havia após ela. Abriu-a cuidadosamente e saiu correndo, sorrindo aliviada, para o amplo exterior. Livre da prisão. Sua felicidade durou até o momento em que percebeu que só havia ampliado o espaço e os limites da velha sala. Recomeçou a busca incessante da nova chave. Um dia isso teria que ter fim...

12 comentários:

Letícia Nunes disse...

Oi Gisa!
Aqui estamos buscando as chaves que abrem as múltiplas chaves até nossa real liberdade!!
Você tem ideia de onde encontrá-las? Se tiver notícias positivas sobre seus paradeiros avisa viu!!!

Beijinhos

Lena disse...

Oi, Gisa
Continuarei sempre a buscar as minhas chaves. Lindo texto!Bjkas com muito carinho!

Dja disse...

Oie Lindona.

Esse procurar incessante acho que nunca tem fim.

beijinhoss.

Jose Manuel Iglesias Riveiro disse...

El hombre se pasa toda la vida buscando, la mayoría de las veces no sabe que ni como, lo que todos buscamos es la felicidad, o por lo menos la ausencia de angustias y penas.
La felicidad muchas veces la tenemos enfrente y no damos el paso para alcanzarla, es un amor, una compañía, una certeza, un abandono, un estar con.
Que difícil y fácil es.
Un beso muy grande.

Anônimo disse...

Il faut toujours persévérer. Un jour, il réalisera son rêve. Le bonheur est toujours au bout du chemin.

Anônimo disse...

Tu me segue, eu te sigo, nós nos seguimos... E por aí vai rsrsrs...

Sejas bem vinda!!!

Andradarte disse...

Há que tentar...e alimentar as nossas convicções...
Beijo

Rogério G.V. Pereira disse...

Enquanto ela se confinava, quase vencida a um espaço limitado, do outro lado do tempo, ele libertara todo um povo do jugo do Império Romano. Corria do ano 146 a.c. e os deuses deram-lhe, nesse longiquo ano, um destino e um objecto. O destino, a morte por assassínio e por objecto uma chave. Quando a recebeu, nem sabia para que tal objecto servia, pois portas e tesouros eram encerradas sem enredos nem fechos. Os deuses lhe disseram que quem liberta um povo não terá como sorte a morte. Terá uma outra vida, por merecida. A sua segunda vida seria passada num futuro. Assim aconteceu e eis então que ao presente é chegado. Em menos de um momento passou um tremendo tempo e, curiosidade, manteve a sua idade e todo o conhecimento. Não do tempo que deixara mas daquele a que chegara. Sabia agora, claramete, para que servia uma chave. A primeira casa que encontrou fechada, abriu-a num instante. Nela uma donzela aprisionada olhava-o surpresa pela presença inesperada. Libertou-a de seguida e a donzela lançou-se-lhe nos herculeos braços, soluçante e agradecida...

Chegado do fundo do tempo a sua primeira missão foi de libertação. Gostou dos destino que ous deuses lhe ofertaram, lá onde o mataram...

(acho que isto continua, não sei como...nem quando)

Maria Mécia Moura disse...

Gisa, sempre te encontro no meu blog, és a primeir a me mandar as delícias de sua apreciação, de modo cordial e afetuoso, que me deixa todo o dia bem com a vida, comigo, com a família, com os amigos. Melhor do que isto não um milhão de dinheiro, somente a boa saúde, que em mim está pouca, mas se Deus quiser vou melhorar e me preparar para a festa de aniversário, dia 16.
Mas eu queria te dizer também que sua crônica acima está finamente poética e bela. Parabéns. E um grande prazer te ler. Se me sobrasse mais tempo, todos os dias vinha cá. Estou te enviando esta mensagem do computador de minha mulher, Maria Mécia.
Mandamos-lhe abraços e beijos, pelo seu aniversários, que, se passou não faz tanto tempo, se ainda vai chegar, será breve.
Afetuosamente, amiga, nossos cumprimentos de boa sorte, pazz, saúde e felicidade, tudo junto.
FRANCISCO MIGUEL DE MOURA

Paulo Francisco disse...

Gisa, eu nunca sei onde ela esta. Vivo sempre a sua procura....
Adorei o texto
um beijo grande

Marina disse...

Nunca podemos perder a esperança de procurar o que queremos ou que sonhamos... um dia sem esperar, encontramos, mas é preciso perseverar...lindo blog, vou estar mais vezes aqui, bj e um lindo dia com muitas leituras, escritas e amores. Giovanna

Carla Ceres disse...

Não tem fim, não. Mas procurar chaves pode ser divertido. :) Beijos!