quinta-feira, 28 de julho de 2011

ENFEITE


Quero pisar em ti
Firme.
Apoiar meu salto 
Fino e longo
Até abrir tua pele.
Talvez assim,
E em meio a dor,
Não percebas
O exato instante 
Que te pendurarei
Na minha parede.
Para que, dali,
Sigas enfeitando, 
Silenciosamente,
Os meus devaneios.

19 comentários:

Paulo Francisco disse...

Sensação de dor e prazer.
Um beijo grande

Sandra Subtil disse...

Excelente, Gisa!
Adorei.
beijos

Anônimo disse...

Brrrrr. Mais tu sais que parfois, les amoureux, pour sceller leur union, ils se coupent chacun sur le doigt, puis ils mélangent leur sang...
Ils sont mariés par le sang.
Bonne fin de journée, Gisa!

Flor de Jasmim disse...

Gisa
Espectacular!!!
Beijinho

Rogério G.V. Pereira disse...

Desde a maldade que Kafka me fez,
nunca me senti em posição tão incómoda...

(...o marquês de Sade invejaria tanta maldade)

Jose Manuel Iglesias Riveiro disse...

Hoy en el sitio donde me encuentro tengo cobertura y, así aprovecho para visitar los blog mas queridos para mi, como eres tu.
Tus versos como siempre me producen sensaciones muy especiales, como este de amor, placer y dolor. Sensaciones que despiertan sentimientos encontrados y contradictorios.
Siempre es un autentico placer leerte.
Un beso.

Dilmar Gomes disse...

Ui, amiga autoritária... Brincadeirinha! Muito bom o poema.
Um grande abraço. Tenha uma boa noite.

wcastanheira disse...

Uuauau q blezinha de poemeto, adorei, um pouco de amor, um pouco de ira, muiiito bom, pra ti guria, bjos, bjos e bjossssssssssss

Julie Sopetrán disse...

Con esa firmeza que se vive en tus versos... Bellísimas imágenes, energía y fuerza en tu poema. Besos.

Lufe disse...

Como não aceitar
lá no alto, num rompante
os seus devaneios povoar?
Se me pisas num instante
de Luís XV, que requinte
me rompe a pele, num acinte...

Me vejo pintado de rubro
da cor vermelha me cubro
te observo no ato,
do alto de um salto, muda,
imponente porem desnuda...

E ao te ver me embriago
me pisas ao invés de um afago
me entrego, me solto, nem ligo
pois sei, não há perigo,
aquilo que tens na mente,
num breve instante se sente...

Tens medo e dele pela,
se corrói, mas não revela,
que ao me manter cativo
ao me prender na parede
se assegura em ter ativo
o alvo do seu desejo...

Reluta em dizer o motivo,
e com ares dominadores
me lambe ao matar a sede
desfaz-se de seus pudores
me prende como numa rede
com medo de acordar...

E tudo não passa de um sonho
com ares de tara, bisonho.
Couro, relho, correntes,
algemas, lençóis e nós
não pode prender o que sentes
querendo fazer-se algoz

Mal sabe que o seu devaneio
é real, não tem revés
e não precisa ter receio...
porem a insegurança lhe nega,
te ofusca e a mantem cega
quando me prostro a teus pés....

bjo

Sam. disse...

"Eu te odeio", disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la...

impossível não lembrar desse trecho de Lispector lendo essa poesia, Gisa..

Um beijo, querida!

Anônimo disse...

Poema pequeno, intenso e direto.

Gostei, Gisa!
Beijo meu.

Au revoir

Carla Ceres disse...

Perigo! Poetisa cruel enquadrando amores. rsrsrs Beijos!

AC disse...

Espero que nunca a pendurem a si, Gisa!

Beijo :)

Unknown disse...

kkkkkkkkk que garota má e apaixonda!!! ADOREIII

xeroo linda


http://cywmara.blogspot.com

OceanoAzul.Sonhos disse...

Forte e corrosivo.

um bj amiga
oa.s

CHIICO MIGUEL disse...

Gisa,boa noite;
Aqui, um poeminha que fiz há algum tempo e ainda está em rascunho. Se lhe surgir uma idéia...

PENSAR

Pego o pulso e pulso
direito
pego o outro, esquerdo
pulsa em erro
estou doente ou doído?
O médico disse: Vai
e só volte no próximo...
Ano ou dia?
Estamos no fim.
Meu pensamento me trapassa.
E ele era o maior,
elogiado.
Morreu de elogios.
Preciso matá-lo de vez,
ou é à ciencia?
Pois, depois, quem faria
a ciência?
Meu pulso ficaria quieto?

Que vida, não saber nada?
Nao pensar...
Só viver...
ABRAÇO, aMIGA,
FRANCISCO MIGUEL DE MOURA

PRETENDO REESCREVÉ-LO, DEPOIS TE MANDAREI.

Sérgio Pontes disse...

Gosto de te ler, beijinhos

Hugo Nofx disse...

UaU! Bem forte este poema, Gisa!
beijos.