A névoa tomou conta do ambiente.
Densa, úmida, sufocante.
Mal conseguia distinguir as árvores retorcidas do caminho.
Seguia instintivamente com passos dúbios.
De quando em quando emaranhava a capa nos arbustos rasteiros.
Cansada e com pés fustigados pelas agruras da trilha parou para descansar.
Dormiu rápido, mas foi acordada abruptamente pelo som dos cães que não desistiam de lhe caçar.
Cansou de agir dentro da normalidade.
Assumiu sua sina.
Deixou que o longo abrigo caísse ao chão.
Permitiu que todo seu interior aflorasse.
Em breves instantes, os cães passaram e não a viram mais...
Jamais poderiam imaginar que a dissolução operara-se,
Transformando-a instantaneamente
Naquele intenso faixo de luz
À beira do abismo...
8 comentários:
Minha querida
Hoje passando apenas para agradecer o teu carinho e apoio...estou voltando e melhor...a amizade é um abraço apertado que nos aquece a alma.
Beijinhos com carinho
Rosa
Hermosas palabras de nostalgia, versos románticos, poesía lírica de una gran poetisa. Felicidades. Feliz semana. Besos.
fuga !!!
Sempre interessantes os teus textos amiga, gostei!
Um abraço c/carinho
oa.s
É um longo caminho...
Carinho
As umidades da vida são as piores né!!!
Mas aqui no seu texto, encontrei mais que isso, encontrei uma busca de valores...
bj
Gisa querida, só você não percebeu ainda o quanto gostamos de você..... e a falta que vc faz quando desaparece......
Bjs do Zé Carlos
Ninguém se dissolve
como disse se dissolver
quer é esconder
que tal protecção
se deveu
a um gesto da minha mão
(mesmo se falhasse
e pelo abismo caisse
dar-lhe-ia asas
paraquedas
algo que se abrisse...)
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