domingo, 10 de abril de 2011

FANTASMA DA ÓPERA


Um único olhar

Uma única metade da face

O Fantasma da Ópera invade meu espaço

Desorganiza a minha cabeça

Voa diante de meus olhos atônitos

Em meio a seus acordes espontâneos

Sua sonoridade inerente

Alcança-me em poucos segundos,

Apesar da longa distância,

Materializa-se diante de mim

Com cabelos esvoaçantes e sorriso descarado

No toque do vento.

Passeia por todo meu corpo

Entre danças e rostos colados

Envolve, encanta, contesta e controla

Arrepia-me a pele e desfaz minha alma em gozo

Trabalha com perfeição as entrelinhas

Que irônicas

Debocham da minha falta de jeito

Já não consigo mais me ocultar

Pôs-me nua diante da luz da tela

Assino minha rendição ao óbvio

Sei que veio para ficar.

Sinto-me feliz.

17 comentários:

Jean-Philippe Verselin disse...

Il y a des fantasmes,
il y a des abandons,
qui rendent heureux...
ton poème est comme une douce fontaine et glisse dans une farandole d'amour tendre...
Merci, ton ami, douce et bonne fin de journée pour toi.

Suzana Martins disse...

Assina em mim as suas deliciosas palavras que escreves com o desejo que me beijas e me tocas...

Lindo

Beijos

Marinha disse...

Que bom que o teu fantasma da ópera veio para ficar, já que te faz feliz, Gisa. Brincas com palavras, ritmos e sensações de um jeito ímpar, querida. Gosto muito disso!
Bjo

OceanoAzul.Sonhos disse...

O Fantasma da Ópera invade teu espaço e deixa em ti toda a efectivação de prazer. Que a felicidade se eleve a tudo o resto.
bj amiga
oa.s

Lufe disse...

Eu gosto quando os encontros inesperados nos colocam diante de seres virtuais e os transformam em realidade, transcendendo o imaginário, nos tocando, nos excitando, nos tornando desnudos e nos abrindo novas possibilidades.

Adorei o poema.

bjoca

Anônimo disse...

Gisa, minha querida. O importante é que veio para ficar, né?
Adorei o layout da postagem. Parece que o Fantasma fazia de tudo para entrar. Achei fôfo isso:
"Assino minha rendição ao óbvio".
Como sou do Blog do Óbvio, ...
Beijocas com carinho.
Manoel.

Lourisvaldo Santana disse...

Quando o coração assume o controle, a razão perde o rumo - vê-se no arranjo dos versos.
Que fazer?
Render-se ao desarranjo e dar-se à felicidade.

Abraços, minha moça!

Jorge Sader Filho disse...

O Fantasma da Ópera transformou-se nas mãos de Gisa uma poesia corrida, dinâmica, atual.
Gosto do estilo, manobrando com as palavras.

Carinho,
Jorge

Anônimo disse...

Fantasminha safadinho esse...rs...rs..
Muito belo, essa catarse de misto entre realidade e fantasia é realmente empolgante.

Abs

AC disse...

Gisa,
Esse Fantasma é um felizardo.

Beijo :)

Carla Ceres disse...

Que lindo! Gostei dos versos flutuantes. Beijos!

Olga disse...

This is the real rhythm of opera. I love your unique interpretation of Fantasma da Ópera. Isn't it a great story?

Jose bulnes disse...

Original entrada, me ha gustado.

Saludos.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa tarde, querida amiga Gisa.

Render-se ao amor, mesmo que em sonhos, é divino.
A meia face do Fantasma, torna-se face inteira, inebriando um coração apaixonado.

Um grande abraço.
Tenha uma linda semana, cheia de realizações.

Dois Rios disse...

Oi, Gisa,

Seria um fantasma materializado em amor?

===

Gisa, vou desabilitar por um certo período, os comentários do meu blog. É que ando sem tempo para retribuir as visitas.

Beijo,
Inês

Zilda Santiago disse...

Belos versos Gisa!!!Passando hoje para pedir que passe em blog para pegar um carinhoso presentinho que lá está pra você.Bjsssssssss

wcastanheira disse...

Q escolha apoteótica, vc esbanjou na opção de tentar agradar, acertou em cheio um texto belíssimo e sempre com título atual, pra vc minha linda bjos, bjos e bjosssssssssssss