quinta-feira, 14 de abril de 2011

MONÓLITO

E no meio da sala o monólito surgiu
Imenso, denso, intenso
Era escuro e monossilábico
Tentei de todas as formas tirá-lo dali
Empurrei, uni todas as forças para erguê-lo
Nem se mexeu
Deixei os braços caírem no desânimo da frustração
Desisti da luta
Parei de respirar vagarosamente
Para que ele não percebesse que o chão,
Onde repousava apoteótico,
Havia parado de trepidar...

20 comentários:

Guará Matos disse...

O melhor que podia ter feito.

Bj.

Breve Leonardo disse...

[a palavra que nos deixa em suspenso, preso entre o chão, ao tecto que nos abriga]

um imenso abraço, Gisa

Leonardo B.

Suzana Martins disse...

O sentir que levita emoções!!

Perfeito!!^^

Beijos

vieira calado disse...

Um poema envolto em mistério.

E o mistério é parte integrante da poesia!

Bjjss

machoemcrise disse...

Muitas vezes o melhor e desistir da briga e deixar as coisas se acalmarem.

beijos

OceanoAzul.Sonhos disse...

Gisa, surpreendes todos os dias, com um jogo de palavras que nos envolve a alma.
bjs
oa.s

Cristiane Moreira disse...

Interessante, gostei do modo como você escreve, das palavras que usa. Voltarei aqui mais vezes.

Rogério G.V. Pereira disse...

Ainda bem que as forças lhe faltaram
E não moveu o que chamou de monólito
è que não é um monólito não
é um marco geodésico,
que dá o lugar certo
onde lhe mora o coração

:))

Lufe disse...

Já tive destes monólitos em minha sala, no meu quarto, em vários lugares.... Quando menos esperava, eles ali estavam... imensos. Teve uma época que achei que alguém os colocava ali. Talvez o Obelix, quem sabe..... Com o tempo, vi que era eu quem os construía, dava forma, esculpia. Do nada! Eu mesmo os criava com a minha imaginação fértil, borbulhante, inquieta. Imaginava alguma coisa, por mais pequena que fosse, e ela tomava forma, crescia, se avolumava, a ponto de eu não conseguir mais fazê-la se mover. Com o tempo percebi que as coisas andam no seu ritmo próprio e se por ventura algum deles insistia em aparecer, ainda pequeno eu o movia com um sopro ou apenas com palavras.

Beijoca procê, minha querida.

Anônimo disse...

Obrigada pela visita.
Também irei lhe acompanhar, pois gostei do que li.
Beijos,

Zé Carlos disse...

Surgiu o monólito ou caiu do espaço?

Beijos garota querida - te cuida....

Lourisvaldo Santana disse...

O minólito sempre tem sua origem; às vezes é o nosso interior, outras, as circunstâncias. A todos que me apareceram, deixei que o tempo os dissolvessem.
Muitos abraços, minha querida!

Olga disse...

Há algo muito escuro neste poema. Com suas palavras, eu posso sentir como a situação é tensa. Para mim isso soa como ópera Carmen.

Marinha disse...

A respiração parou e trepidação também. Vencida? Acho que não! Repousas par ressurgir vitoriosa.
Bjo, amiga querida.

Rô... disse...

oi Gisa,
bom dia...

gostaria de conseguir escrever com essa
densidade,
mas minhas palavras
surgem em combinações
bem mais leves...

adorei é encantador
o mistério

beijinhos

Anônimo disse...

Nessas horas tentamos fazer o que dá pra fazer... E acho que o melhor a ser feito nesse momento... Foi feito.

Beijo!

Carla Ceres disse...

As palavras mágicas pra desencantar monólitos são todas as que silenciamos. Beijos!

Sandra Subtil disse...

Um poema pesado, denso...
mas se parou a trepidação já é um bom sinal.
beijinho

Jean-Philippe Verselin disse...

Mon Dieu ! Que cela est beau !
bises mon amie

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa tarde, querida amiga Gisa.

Com todo o seu peso, eu o deixaria lá.
Voltaria mais tarde, para sondar.

Um grande abraço.