Possuía aquela imagem há muitos anos, não sabia ao certo quem tinha sido, apenas guardava o delicado papel com muito respeito, na esperança de, um dia, reconhecer-se naquele rosto outra vez.
Entrei. Nervoso. À medida que ia fazendo os testes ia ganhando confiança. O último era um teste curioso. Tratava-se de seleccionar por critérios selectivos grupos cada vez mais reduzidos de fotografias de rostos - rostos anónimos e bem diferentes - até produzir a selecção final de três. Levou 1 hora a triagem pois era elevado o número de partida, 30 se bem me lembro. Em três dias seguidos repeti o teste. Três vezes seleccionei três, mas dessas selecções uma foto permaneceu, constante. Gostaria de ter agora essa foto presente, era um rosto impressionante. Até hoje não sei o significado do teste. Julgo que era um teste de personalidade. Só digo que fui admitido para o cargo...
É como se olhar no espelho e não reconhecer quem se vê... E aí a gente olha, olha e tenta não apenas descobrir quem estamos vendo ali, mas principalmente QUEM É aquela pessoa e de quem é aquele rosto.
Muitas vezes não nos reconhecemos ou não percebemos a moldura que os anos vão tecendo em nós, quantas vezes já olhei para o espelho e não me reconheci.
21 comentários:
Ser ou não ser...eis a questão!
É um momento delicado a perda das auto referencias.
bjoca
Guardava as imagens dentro da alma... no fundo das palavras!
Beijos
nossa que profundo!!!
Esperança de reconhecimento todos almejam. como sempre seus microtextos são excelentes.
Pequenos devaneios, pequena escolar de ser, de reconhecer o amassado.
Um beijo e ótima noite!
Nos encontramos no Alma.
Vinicius.
Sra Allende já disse que uma foto aprisiona a alma. Será mesmo verdade?
Beijo, querida minha!!
Entrei. Nervoso. À medida que ia fazendo os testes ia ganhando confiança. O último era um teste curioso. Tratava-se de seleccionar por critérios selectivos grupos cada vez mais reduzidos de fotografias de rostos - rostos anónimos e bem diferentes - até produzir a selecção final de três. Levou 1 hora a triagem pois era elevado o número de partida, 30 se bem me lembro. Em três dias seguidos repeti o teste. Três vezes seleccionei três, mas dessas selecções uma foto permaneceu, constante. Gostaria de ter agora essa foto presente, era um rosto impressionante. Até hoje não sei o significado do teste. Julgo que era um teste de personalidade. Só digo que fui admitido para o cargo...
Mas as será que encontrará?
Bjs.
A esperança é que nos move.
Beijos.
Nem sempre nos conseguimos reconhecer...
Muito bom querida Gisa.
Bj
OA.S
Dessa ideia, podia sair um conto. Isso que é poder de síntese! Beijos!
passando pela primeira vez seu blog é 10!
o tempo muda as pessoas;Uns pra melhor outros nem tanto...
Bom dia, querida amiga Gisa.
O primeiro passo para tudo, é antes, nos conhecermos bem.
Um grande abraço.
Tenha um lindo dia, cheio de paz.
É, a vida muda-nos ( ou nós mudamos perante a vida).
Beijo grande
É como se olhar no espelho e não reconhecer quem se vê... E aí a gente olha, olha e tenta não apenas descobrir quem estamos vendo ali, mas principalmente QUEM É aquela pessoa e de quem é aquele rosto.
Beijo!
Parabéns pelo texto e pelo Blog. Lindas palavras...a esperança nos move, sempre! Bjs
Bellas palabras, te deseo un bonito día.
Saludos.
Oie,
Muitas vezes não nos reconhecemos ou não percebemos a moldura que os anos vão tecendo em nós, quantas vezes já olhei para o espelho e não me reconheci.
Abraços.
[delicadamente guardado nas tantas linhas da vida, na linha onde se guarda uma palavra que a condensa]
um imenso abraço, Gisa
Leonardo B.
Olá Gisa!
Seria um autorretrato ou um pedaço de "papel espelho" que trás no bolso?
Acho que estou "viajando" em seu texto...
Beijos :)
Gisa,
Há presságios que se concretizam!
Beijos, e bom final de semana!
AL
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