Cravou as unhas vermelhas
No peito e o rasgou
Deixando exposto o coração
Pulsante.
Arrancou-o, de imediato
Não lhe permitindo tempo para raciocinar
E o ofereceu ao primeiro desavisado
Que passava na rua.
Esse, assustado com a bizarra prenda,
Jogou-o no mesmo instante
Na água suja da sarjeta
Que corria aos seus pés
Partiu balançando a cabeça.
Foi entre lágrimas que viu
O débil órgão
Parar de bater,
Pouco a pouco,
Congelando diante de seus olhos
E ainda sem ter noção do que realmente tinha se passado.
Preferiu deixá-lo morrer na bela ignorância do ocorrido
Do que confessar a feiúra das suas falhas.
17 comentários:
¡Excelente! Puro romanticismo.
Romantique mais tellement triste, Gisa...
Bon week-end à toi!
Amiga Gisa, algumas vezes na vida pensamos pôr em prática a ficção do teu poema!
Grande abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
Muito bom, beleza incomparável.
Sim, esse é um dos grandes equívocas da humanidade, entregar seu coração indiscriminadamente apenas pelos anseios de ter um alguém para amar. A entrega é algo que vai se edificando aos poucos, quem se entrega sem cautela corre um grande risco de se decepcionar e muito, mas sendo isso um aprendizado, ninguém está imune a algo do tipo, mas cabe a cada um libertar-se do orgulho que o faz morrer presos nas garras vergonhosas do orgulho ou então decidir morrer nos braços da ignorância.
Bom final de semana.
Pura poesía, romantica, deliciosa... Gracias. Feliz fin de semana.
Tus versos, Gisa, definen perfectamente una palabra que provoca por igual delicadeza y pasión: romanticismo.
Tus románticos versos nos ayudan a traer a la realidad esos finos hilos que ligan el cuerpo con el corazón.
Un fuerte abrazo, Gisa.
Um pouco triste mas assim é a poesia por vezes quando toca ao coração.
Beijos amiga
oa.s
Gisa
Se fosse possivel colocar em pática a ficção do teu poema nas nossas vidas. Mais fácil seria amar quem nós escolhessemos.
Beijinho
Oi Gisa,
"Toda maneira de amar vale à pena..."
O amor tem disso, se arrisca, se joga, se destrói, até que chega lá... Um dia acontece de dar certo, de ser correspondido.
Belas metáforas...
Beijos e um final de semana bem proveitoso,
Que delicia de poema!!!
Deixo meu beijo e desejo a você um ótimo fim de semana!
Estou esperando por você no Alma!
Adorei teu poema. Tão bom de ler e reler...
Au revoir!
Gisa,
surpreendente.
Eu também gostei demais.
Tudo de bom.
Xerosssssss
Quando se arranca o coração do peito, dessa forma apaixonada, só mesmo para entregá-lo a quem o está esperando, ansiosamente.
Suas palavras sempre me trazem encantamento.
Bjs.
Sencillamente precioso tu poema, es romanticismo en estado puro. Lo que tu siempre transmites, ese punto interior de romanticismo que sabes trasladar y hacer sentir a uno en lo mas intimo.
Un fuerte beso.
Lindona do meu coração, lindoooo, triste e verdadeiro, em muitos corações por aí.
beijos lindona
Gisa um domingo maravilhoso pra vc, cheio de carinho e de tudo que seu coração desejar.
«Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!»
( Florbela Espanca)
Belíssimo poema . Nem sempre atiramos o coração à pessoa mais preparada para o receber... mas quem sabe um dia, passa alguém que o agarra e ressuscita? :) Adorei Beijinho
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