Em meio a muita festa e vinho
Ofereceram sua cabeça, sorrindo,
Na decorada bandeja.
O estranho troféu passou de mão em mão
Ao som das gargalhadas de vitória.
Mal perceberam
Que o corpo acéfalo,
Atirado no canto,
Levitava envolto pela mágica bruma,
Translúcida e perfumada,
Daqueles que se sentem aliviados.
Finalmente, poderia seguir seu caminho
Totalmente liberta e esquecida
Do incompreensível peso e desconforto
Que um dia aquela grotesca máscara de ferro,
Mal encaixada,
Havia lhe causado.
5 comentários:
Oi, ótimo*
"a grotesca máscara de ferro", incompreensível peso e desconforto....
Boa demais essa libertação!
Abraços da Mery*
GISA, comentar o quê?
Você realmente é de uma competência extraordinária e como é bom tê-la por lá no meu blog.
Muito obrigado!
Um abração carioca.
Hola Gisa,
Todo un recorrido de magia y embrujo que destilas estos versos.
Neijos dende Galiza.
Gisa, adorei! A liberdade do desconforto com terrível dramaticidade.
Beijos no coração.
Manoel.
Desconcertante e brilhante.
Gostei do teu poema.
Beijos, Gisa.
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